Teria Márcio Jerry o poder de salvar a reeleição de Edivaldo?

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Sem carisma popular, Márcio Jerry (no canto esquerdo inferior da foto) foi só mais um na caminhada
Sem carisma popular, Márcio Jerry (à esquerda) foi só mais um na caminhada de Edivaldo no Barés

É fato que o secretário de Estado de Comunicação e Assuntos Políticos, Márcio Jerry, é uma das figuras mais influentes e proeminente da política do Maranhão nos dias atuais. Com status de soberano no Poder Executivo e autoridade estendida ao Legislativo e ao Judiciário, o jornalista dá as cartas em todas as áreas do governo do chefe, Flávio Dino, e pitacos que soam como ordens a setores do parlamento, da magistratura e da imprensa, esta última reduzida de quarto poder a mera propagadora da sua imagem sem brilho e dos seus métodos tiranos.

Mas, será que a supremacia de Márcio Jerry e o temor que ele desperta em subalternos e até entre seus pares serão capazes de induzir o povo a votar maciçamente no prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT), candidato ungido pelo Palácio dos Leões, e salvar uma reeleição a cada dia mais ameaçada pela popularidade crescente do deputado Wellington(PP), maior fenômeno eleitoral desta campanha?

A julgar pelas últimas pesquisas de intenção de votos, como a do Ibope, divulgada ontem pela TV Mirante, Jerry tem diante de si uma árdua missão. Sem carisma popular, ele não se sente nada à vontade em atos políticos de rua, ocasiões em que não passa de um ilustre desconhecido.

Seu talento nos bastidores da política também é questionável, tendo em vista as sucessivas derrotas nas urnas que já ajudou a sacramentar e a desastrosa gestão do ex-prefeito de Imperatriz Jomar Fernandes (PT), da qual foi um dos próceres, o que lhe rendeu a célebre e incômoda alcunha de “coveiro”, em alusão ao fato de ter sepultado, literalmente, a carreira do petista e de sua esposa, Terezinha Fernandes, na vida pública.

É com esse passado pouco inspirador que Márcio Jerry desembarca de vez na campanha de Edivaldo, seja comandando reuniões com lideranças, militantes e com o próprio prefeito e seu staff, seja participando de comícios, caminhadas e carreatas. Cabe a ele, também, e a mais ninguém, orientar ataques aos rivais, desferidos impiedosamente pela imprensa e pela blogosfera alinhadas aos seus planos. O alvo do momento é Wellington, que já sente na pele os golpes perversos e covardes à sua auspiciosa candidatura.

Para desgosto de Jerry, a voz das ruas ecoa uma mensagem contrária ao projeto de poder palaciano. Cada investida traiçoeira contra Wellington tem provocado efeito inverso ao que esperam comunistas, pedetistas e demais defensores do continuísmo, como se o progressista estivesse blindado pelo próprio povo.

Com poder político demais e popularidade zero, Márcio Jerry é um fardo pesado para o palanque de Edivaldo. Tanto que sua aparição na caminhada que o prefeito fez no Barés, bairro vizinho ao João Paulo, no último dia 13, quase passou despercebida, não fosse uma ligeira menção ao seu nome no texto jornalístico produzido pela campanha.

Ainda assim, ele insiste em impor sua presença indesejável, como se quisesse deixar claro quem realmente manda.

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