O deputado estadual Adriano Sarney (PV), levou à tribuna da Assembleia, nesta terça-feira (30), várias críticas ao governador Flávio Dino (PCdoB) que, segundo o parlamentar, tem negado reajuste salarial a professores e professoras, mas paralelamente vangloria-se de inaugurar obras pelo interior do estado. “Começo a achar que falta competência para administrar uma máquina complexa como é o Governo do Estado”, afirma.
“Em relação a essas obras, 99% delas estão sendo feitas com recursos do BNDES deixados pelo governo passado, e que estavam 90% concluídas. Eu estava pesquisando e verifiquei que a única obra do governo atual – e eu ainda estou investigando para saber se não é recurso do governo passado – ocorreu na praça da Lagoa da Jansen, uma praça que não é responsabilidade do governador, é responsabilidade do prefeito. Quem coloca asfalto e quem faz praça é prefeito. E nós, hoje, estamos presenciando um governo de um governador-prefeito”, disse Adriano.
O parlamentar citou também a crise com os professores. “O governador enganou os professores e professoras do Estado, enganou os policiais militares quando prometeu a PEC 300, enganou várias categorias do funcionalismo estadual durante as eleições. Ele tentou explicar o inexplicável. Disse que que não tem dinheiro para pagar o piso salarial que os docentes estaduais têm direito, por lei nacional, definido em 11,36% pelo Ministério da Educação no início deste ano”, relata o deputado.
Segundo Adriano, esta situação é indício da falta de competência do governo em gerir o orçamento e planejar a folha de pessoal, pois Flávio Dino recebeu da gestão anterior as contas equilibradas, com estimativa de gasto com a folha na faixa de 38% da receita líquida corrente, bem abaixo dos limites estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Atualmente, o governo passou do patamar de 44% e atingiu a faixa de alerta.
Concordo com o deputado Adriano Sarney, precisamos valorizar o servidor público e, principalmente, os professores. Ninguém mais quer ser professor. As carreiras não são atraentes, não existe política salarial constante, a carga é muito grande, as condições de trabalho são as mais difíceis.