O governo Flávio Dino foi traído pelos fatos ao tentar culpar somente a gestão anterior pelos ilícitos investigados pela “Operação “Hymenaea”, deflagrada ontem pela Polícia Federal e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para combater a extração ilegal de madeira em terras indígenas maranhenses.
Preocupado com uma eventual desmoralização que poderia ser causada ao governo pela operação policial, até mesmo com o risco de prisão de um dos membros do alto escalão estadual, os comunistas trataram logo de culpar os antecessores pelos malfeitos.
Em nota distribuída à imprensa às 16h16 desta quinta-feira (14/07), a Procuradoria Geral do Estado (PGE) afirmou erroneamente que “a origem do processo remete à gestão passada”. Pouco mais de 18 horas depois, às 08h16 de hoje, a verdade veio à tona, por meio de uma matéria jornalística institucional produzida pelo próprio governo, via Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), com o sugestivo título “Governo colabora com operação da Polícia Federal para combater extração e comércio ilegal de madeira em terras indígenas”.
Não restou outra saída aos governistas, senão admitir que o inquérito também abrange a atual gestão, pois além dos exercícios de 2012 e 2014, a investigação incluiu 2015, primeiro ano de mandato de Flávio Dino.
Ou seja, o esquema de emissão fraudulenta de licenças ambientais para extração de madeira em aldeias se manteve a todo valor logo no início da atual gestão, jogando por terra a promessa feita pelo então iniciante governador de que sua gestão seria marcada pela honestidade e pelo rigoroso combate à corrupção.