Além da devoção, das homenagens e da alegria, a violência foi uma das marcas do último festejo de São Pedro, na capela que dá nome ao santo, na Madre Deus. Pessoas do público e até integrantes do grupos de bumba-meu-boi se envolveram em confusões e algumas saíram feridas. Enquanto o pau cantava, a polícia corria de um lado para o outro, atônita, para tentar conter os brigões.
Uma das brigas que mais chamou atenção envolveu brincantes dos bois Unidos Venceremos, de zabumba, e da Madre Deus, de matraca. O conflito ocorreu ao amanhecer, quando os dois grupos se encontraram no meio da multidão e nenhum quis abrir passagem para o outro. Resultado: socos, pontapés, matracadas, cadeiradas, pedradas e muito sangue.
A polícia demorou cerca de 15 minutos para chegar conter os ânimos. Enquanto os militares não chegavam, restou a alguns brincantes e espectadores tentar apartar a briga, sem sucesso. Houve até quem saísse machucado ao tentar apaziguar o clima.
As sucessivas brigas não deixaram dúvida de que o quesito policiamento foi negligenciado. Tanto a organização quanto os órgãos se segurança pública deveriam ter feito um planejamento adequado para a festa de São Pedro, que reúne, todos os anos, dezenas de milhares de pessoas na capela e no seu entorno.
Ignorando todos os riscos, organizadores e forças policiais permitiram que fosse destacado um contingente policial reduzido para o evento. Por isso, sobrou pancadaria.