Policiais civis rejeitam proposta do governo e já ameaçam nova greve

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Em setembro do ano passado, quando houve a última greve, policiais civis obtiveram promessa do governo de que teriam melhoria salarial, mas, segundo eles, distorção aumentou
Em setembro do ano passado, quando houve a última greve, policiais civis obtiveram promessa do governo de que teriam melhoria salarial, mas, segundo eles, distorção aumentou

exclusivoPolicias civis receberam com extrema insatisfação ontem proposta de reajuste salarial  de 15% apresentada pelo Governo do Estado e já ameaçam entrar novamente em greve caso não haja melhora no percentual oferecido. Nove meses após a última paralisação, a categoria poderá cruzar os braços em momento em que a criminalidade volta a mostrar sua audácia, impondo terror à população por meio de sucessivos ataques incendiários a ônibus e outros atos de violência, até mesmo contra as forças de segurança pública.

Coube ao secretário de Governo, Antônio Nunes, a missão de tentar convencer os policiais civis a aceitar a proposta do Palácio dos Leões. Os 15% de reajuste salarial oferecidos a investigadores, escrivães, comissários, peritos criminalísticos, auxiliares e motoristas seria pago de forma escalonada, em três parcelas, o que desagradou ainda mais a classe.

A aplicação do índice se daria da seguinte forma: 6% agora em junho, outros 6% em março de 2017 e os 3% restantes em fevereiro de 2018. Foi proposta ainda a incorporação aos salários da Gratificação por Dedicação Exclusiva, que é de R$ 150,00. Os policiais rechaçaram de imediato a proposta, classificando-a como “vergonhosa” e “muito pior do que o pior cenário por nós cogitado”.

Achatamento

Para comprovar o achatamento dos seus salários, eles comparam seus subsídios aos de praças da Polícia Militar, tendo como referência o ano de 2015. Na época, o vencimento de um investigador e de um escrivão de Polícia Civil em início  de carreira era maior do que o de um 2º sargento da PM e menor do que o de um 1º sargento. Com o percentual apresentado, caso não haja alteração na tabela da PM, em fevereiro de 2018, o subsídio de um investigador e de um escrivão será menor do que de um cabo e apenas R$ 200,00 maior do que o de um soldado. “Se nada mudar, quem estava atrás da gente estará na frente”, alertam os policiais civis.

Às vésperas de realizarem assembleia geral na qual será votada proposta de greve, como forma de ter sua reivindicação salarial atendida, os policiais civis se deparam com uma resposta do governo aos seus anseios que consideram frustante. E já adiantaram que a “oferta” não será aceita, em hipótese alguma. “Pedimos ao governador para que não mande Medida Provisória à Assembleia Legislativa com os valores propostos”.

A propósito, na última greve, a categoria obteve do Palácio dos Leões a promessa de que a distorção da sua remuneração seria diminuída. “No entanto, a distorção fez foi agravar-se”, lamentam, sinalizando claramente a intenção de mais uma vez cruzar os braços e deixar a população ainda mais à mercê da violência.

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