Nunca saiu da minha memória a tragédia que tirou do nosso convívio os nossos filhos, quando ainda muitos jovens e se preparavam para a vida, buscando sabedoria na escola. E foi nesse trajeto, que em sentido contrário, foram retirados do caminho e da vida.
Depois deste fato, que já faz tempo, mas ao mesmo tempo parece tão perto, ainda não conseguimos nos desvencilhar de alguns incômodos, além da dor, saudade e da repulsa contra a administração pública, que não soube guiar os sonhos daqueles jovens.
Assim como eu, outros parentes e também amigos clamamos por Justiça. No entanto acompanhamos a movimentação da justiça que, ao meu vê, já deveria ter punido com rigor essa quadrilha que levou nossos filhos a morte.
Além dos processos que estão na justiça, demos entrada em um processo na Câmara Municipal de Bacuri e, lamentavelmente, os senhores vereadores não tiveram a dignidade de pelo menos nos dar uma satisfação. Pois, até a presente data, o processo está parado na Comissão de Constituição e Justiça, que é formada pelos vereadores Xibe, Zé Lauro e Ramalho.
Esse último, digo, o vereador Ramalho, em um total desrespeito com a população(canalha), disse em pronunciamento, acreditem se quiser – que o culpado foi nada mais nada menos que nós, a comunidade bacuriense. Todos eles, com esse comportamento repugnante, jamais deveriam exercer o cargo que ocupam, pois só estão preocupados em defender o irresponsável do prefeito.
Só quero que a Justiça seja feita, para que sirva de exemplo e não aconteça com outras famílias. Tenho direito em dobro de lutar por Justiça. Não tenho medo de ameaças. Perdi minhas 2 duas filhas.
Quantas irregularidades, quanta covardia desse prefeito. Um ser monstruoso que quer calar a boca de todos com o seu dinheiro. Dinheiro sujo que desvia da educação da saúde, da infraestrutura etc.
Eu lutarei por Justiça nem que isso custe a minha vida também. Porque senhor prefeito, sou uma mãe que perdi duas filhas da forma que perdi. Por causa da sua ganância e irresponsabilidade. Tenho o direito e o dever de lutar e, sinceramente, passe o tempo que passar, espero que a justiça seja feita. Não tenho dúvida que um dia, em um futuro não tão longínquo, a Justiça virá.
Núbia Gatinho Costa