“Caos na saúde: população de São Luís é humilhada nas filas de marcação de consulta”, expõe deputado Wellington
Em pronunciamento na Assembleia Legislativa do Maranhão, o deputado Wellington do Curso (PP) utilizou a tribuna para expor fatos que comprovam o caos que impera na saúde pública, mais precisamente, quanto à precária e deprimente situação de vários ludovicenses que padecem nas filas com o intuito de marcar consultas e exames na Central de Marcação de Consultas do Maranhão (CEMARC), em São Luís.
Como fundamento da denúncia, o deputado Wellington mencionou visita feita por ele à Central, no último domingo (15), o que o permitiu comprovar o desrespeito e a humilhação para com os idosos, gestantes e, assim, com a população. “Já estou há dois meses tentando autorizar um exame para minha filha. Chego aqui e não tem mais senha. Já cansei de dormir encostada nessas paredes daqui. O pobre morre e não é atendido”, relata uma senhora de 75 anos.
Ao se posicionar sobre o tema, Wellington voltou a apresentar soluções e, ainda, cobrar a efetividade de medidas. “Desde o ano passado, nos meses iniciais do nosso mandato, apresentei aqui na Assembleia a problemática referente à marcação de consultas em São Luís. Isso não era segredo. E não o é. É de conhecimento notório. Infelizmente, apenas conhecimento, porque um ano se passou e nada foi feito. Cobrei ações e apresentei uma possível solução: falei do tele agendamento. Inclusive, medida já implantada pelo Governo do estado. Em contraposição a isso, a Prefeitura prefere não acatar a ideia a ter que aceitar uma sugestão que se não resolvesse, ao menos atenuaria os problemas que, para mim, são desumanos”, afirmou.
Quanto à distribuição de senhas, o deputado Wellington mostrou-se indignado com a situação que encontrou durante sua visita à Central, no último domingo.
“Durante a minha visita, mais recente, encontrei uma senhora que já ‘coleciona’ senhas, mas até hoje não foi atendida. Ora, senhores: de senha em senha, a vida vai passando, a doença vai se agravando e o atendimento? Bem, esse não chega. Não sejamos mecânicos. Não é porque temos condições de pagar um plano de saúde que podemos fingir que todos os outros também possuem essa condição. Nossa população, em sua maioria, não consegue. Isso não tem como enaltecer. Não tem como defender a permanência de idosos em uma fila que não tem fim para conseguir uma senha de efetividade, infelizmente, questionável”, ressaltou.