Quatro dias e 15 ônibus incendiados depois…

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15º ônibus foi incendiado por membros de facção criminosas na noite deste domingo, no Alto do Turu
15º ônibus foi incendiado por membros de facção criminosas na noite deste domingo, no Alto do Turu

São Luís começa mais uma semana em estado de alerta por causa do risco de mais ataques a ônibus e outros atos de terror praticados por facções criminosas. Até agora, foram 15 coletivos incendiados, em diferentes bairros, desde a última quinta-feira. O perigo ainda não foi afastado, apesar da intensa mobilização policial. Para fazer frente à audácia das quadrilhas, a PM suspendeu até mesmo as folgas dos militares para reforçar o contingente nas ruas. A Força Nacional de Segurança Pública também foi requisitada pelo Governo do Estado e desembarca hoje na Ilha. Ainda assim, a bandidagem continua aterrorizando a população, sem trégua, provando que mentores e autores estão dispostos a matar ou morrer para manter a engrenagem do crime em pleno funcionamento.

Já houve dezenas de prisões e apreensões de adolescentes envolvidos nos ataques a ônibus. A polícia também fechou o cerco nas áreas dominadas por facções, como Liberdade, Coroadinho e Alto do Calhau. As abordagens a ônibus em pleno itinerário tornaram-se ainda mais frequentes e as revistas em bares, clubes e em via pública também viraram rotina.

Audaciosos, bandidos mantêm ataques, apesar da intensificação das operações policiais
Audaciosos, bandidos mantêm ataques, apesar da intensificação das operações policiais

Apesar de todo oi efetivo e aparato envolvidos e da estratégia de enfrentamento montada, as facções não se intimidam. Tudo indica que as ordens de mais ataques continuam partindo de um comando central do crime sem que haja a devida interceptação. A realidade é que a inteligência policial ainda não conseguiu neutralizar a comunicação entre o topo e a base da hierarquia da bandidagem.

A despeito de qualquer operação de rua ou reunião em gabinetes para traçar planos de combate, o clima de terror continua longe de ser afastado. Se é uma retaliação a medidas mais enérgicas contra presos recolhidos Complexo Penitenciário de Pedrinhas, que se mantenha o rigor, até fazer cessar completamente o ímpeto dos bandidos.

A tranquilidade dos cidadãos depende fundamentalmente da capacidade policial de sufocar o crime. Com estrutura cada vez mais organizada, atuante em toda a região metropolitana, as facções criminosas espalham o pânico quanto têm interesses contrariados. Parece ser o caso agora, mas é impensável ceder esse tipo pressão. Pelo contrário, as forças de segurança devem ser implacáveis, uma vez que o sucesso do crime significa o fracasso da sociedade.

Não há outro caminho ao Estado, a não ser impor sua autoridade. E isso deve ser feito quanto antes, a fim de evitar a perda de vidas inocentes, como no passado recente.

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