São Vicente de Férrer: reconduzida ao cargo, prefeita mantém caos no município

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Má gestão do dinheiro públicorevolta população de São Vicente de Férrer

No "prego", caçamba não pode ser utilizada em serviços de infraestrutura na cidade
No “prego”, caçamba não pode ser utilizada em serviços de infraestrutura na cidade

Quem por alguma razão visita São Vicente de Férrer, na Baixada Maranhense, pode constatar quão abandonado está o município. Ruas quebradas e sem recolhimento de lixo, esgotos estourados, escolas e prédios públicos deterioradas sem nenhuma manutenção há bastante tempo. Completamente “a Deus dará”, como se diz popularmente.

E pior: Os funcionários públicos municipais não recebem seus salários há meses, sem falar da merenda escolar, que também não tem sido fornecida aos alunos. O hospital, o único da cidade, funciona sim, mas de forma precária, sem instalações adequadas, medicação, enfim, sem atendimento. Sem contar que máquinas, caçambas e outros veículos que poderiam estar sendo utilizados para prestação de serviço à população estão quebrados e abandonados.

Os ônibus escolares estão todos irregulares, sem cinto de segurança e sem pneus adequados. Esses veículos trafegam sem placas e sem nenhum registro junto ao Detran. Mesmo assim, transportam diariamente crianças e adolescentes sem nenhuma advertência. Concluindo: todos os setores primordiais a que tem direito o cidadão estão deficitários. Saúde, Educação, Infraestrutura e o salário, direito sagrado do trabalhador.

Aposentados

Pequena mercearia foi contratada por quase R$ 155 mil pela prefeitura para fornecer merenda a escolas municipais
Pequena mercearia foi contratada por quase R$ 155 mil pela prefeitura para fornecer merenda a escolas municipais

De acordo com os moradores, a cidade está completamente abandonada, ‘um verdadeiro caos’, como costumam se referir. Trabalhadores, comerciantes, fornecedores e prestadores de serviços, completamente endividados. Sem circulação monetária, a cidade sobrevive apenas da renda dos aposentados do INSS. É o que garantem aqueles que têm sentido na pele o resultado do desmando da prefeita Maria Raimunda Araújo Sousa.

Segundo o advogado Xenócrates Duque Bacelar, que acompanha todo o movimento naquele município, o Ministério Público Estadual (MPE) e a Justiça estão movendo ações de iniciativa da população, com vistas a apurar todas as irregularidades encontradas na administração atual.

Ele conta que ao assumir a prefeitura, interinamente, o vice Eliézer Gatinho Arouche Santos priorizou o pagamento da folha. Todos os meses que se encontravam em atraso foram atualizados. “Em seguida, conta ele, Arouche deu início a uma auditoria interna para levantar a real situação da administração municipal, mas, infelizmente, não foi possível concluir, uma vez que o tempo em que ficou no cargo foi muito pequeno”, lamentou, ressaltando que a prefeita cumpriu apenas cinco dos 180 dias de afastamento determinado pela Justiça, já que uma liminar a reconduziu ao cargo.

Bacelar informa, no entanto que, a população aguarda a tramitação de todos os seis processos. “Neste momento, estamos aguardando a decisão da Justiça”, informou, esperançoso.

Entenda

Em razão as denúncias recorrentes, o MPE, por meio da promotora Alessandra Darub Alves, titular da promotoria de São Vicente de Férrer, ajuizou seis ações por atos de improbidade administrativa contra a prefeita de São Vicente Férrer, em função do atraso de salários dos servidores. Mesmo assim, a gestora recorreu duas vezes. O MPE reiniciou o processo e o juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior determinou o afastamento da gestora por 180 dias, incluindo bloqueio de todas as contas administradas pela prefeita, que permanece no cargo sem mudar o cenário caótico do município.

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