Após prisão de estudantes, Adriano Sarney conclama: “Não à ditadura comunista”
O deputado estadual Adriano Sarney (PV) protestou, nesta quinta-feira (31), na tribuna da Assembleia, contra a prisão e maus tratos de estudantes secundaristas e universitários, ocorrida no dia 30, que contestavam o aumento de passagem em São Luís. “Para o governo Flávio Dino (PCdoB), a leitura da Constituição tem dois pesos e duas medidas”, ressaltou o parlamentar, referindo-se à atitude da Polícia Militar e questionando a necessidade de uso da força no episódio.
“Nós estamos vivendo momento difíceis no Maranhão. Hoje (31), um colega parlamentar subiu à tribuna para lembrar o golpe militar de 1964. E ontem (quarta-feira, 30), quando os estudantes foram presos, foi celebrado o Dia Mundial da Juventude. Quanto simbolismo! E hoje constatamos o governador do Maranhão, Flávio Dino, ex-juiz federal, desrespeitando o princípio da livre manifestação, da liberdade, mandando prender estudantes, alguns deles defensores da sua corrente socialista e comunista”, ressaltou o deputado.
O deputado destacou ainda a declaração que um dos adolescentes secundaristas deu a um blogueiro de São Luís: ““Eles (os policiais) algemaram o meu colega, tiraram a camisa dele e jogaram spray de pimenta no corpo dele. Depois me pegaram, jogaram no carro da Polícia e lá dentro jogaram mais spray de pimenta”.
“Os estudantes foram tratados como bandidos”, ressaltou Adriano, que completou: “Por isso eu levanto coro para dizer: Não à ditadura comunista! Não à ditadura comunista! O Maranhão não pode regredir na história. Não voltaremos aos tempos da ditadura militar”, discursou o deputado.
O parlamentar encaminhou ofício à Secretaria de Segurança Pública cobrando explicações sobre a prisão dos estudantes, ocorrida Terminal de Integração da Praia Grande. No documento, Adriano requer esclarecimentos dos atos da polícia militar, a comprovação do suposto dano ao patrimônio público (alegado pela polícia para efetuar a prisão). “Precisamos saber se essa prisão foi arbitrária. Ao meu ver foi, mas precisamos de comprovação”, destacou Adriano.