O alarmante quadro de constatação de pessoas acometidas por doenças como dengue, chikungunya e zika vírus, transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, tem sido abordado pelos vereadores nas duas últimas sessões da Câmara Municipal de São Luís, que manifestaram suas preocupações. O vereador Fábio Câmara (PMDB) usou a tribuna na segunda-feira, (25), para falar sobre o fato e citou que o avanço da doença pode ter relação com o acúmulo de água nas ruas com buracos e espaços públicos entupidos de lixo.
Nesta terça-feira, (26), ao enfatizar que “o quadro que presenciamos hoje é que quase toda família em nossa cidade está com uma pessoa acometida pela zika ou pela chicunguinia, se transformando numa situação desesperadora que está tomando conta da nossa população,” o vereador Francisco Chaguinhas (PP) chamou a atenção para o caso das pessoas estarem se automedicando.
“A medicina faz a recomendação para que não seja praticada a automedicação, mas o que presenciamos são as pessoas se aconselharem umas com as outras e as farmácias a procura de remédio para esses males que estão lhes acometendo”, disse Chaguinhas, enquanto a vereadora Rose Sales (PMB) faz uma convocação para o prefeito e para o governador “para que todos nós juntos possamos ajudar quem está necessitado neste momento”.
A vereadora fez seu apelo lembrando que no ano de 2013 conseguiu junto aos poderes públicos um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) tendo como foco principal a saúde da população de São Luís. Na oportunidade ela citou a secretária Municipal de Saúde, Helena Duailibe, e o Ministério Público, destacando as caminhadas que vinha realizando com essa finalidade.
Oportunidades
“Com 400 pontos de lixo, São Luís virou a terra de oportunidades para o mosquito Aedes aegypti. Esses lixões colaboram para o alto número de mosquitos e consequentemente aumento no número de casos”, observou Fábio Câmara.
Ele afirmou que mesmo diante da divulgação em massa do perigo dessas doenças, o poder público vem deixando a desejar no quesito eliminação de criadouros, pois, segundo ele, o acúmulo de água em buracos espalhados pela cidade viraram fontes ‘invisíveis’ de proliferação da doença.
“O Aedes precisa de água parada para se proliferar e com as chuvas dos últimos dias o que não falta em São Luís é buraco com água acumulada. Nas ruas e avenidas, os buracos estão cheios d’água e viraram fontes ‘invisíveis’ de proliferação da doença”, declarou ele.
Convém ressaltar a tônica dos pronunciamentos dos vereadores voltada para a necessidade de uma tomada de urgentes providências para a situação, “já que a nossa população vem padecendo com essas doenças, com os hospitais e clínicas lotados e as pessoas não tendo mais onde buscar ajuda”, destaca Francisco Chaguinhas. Completando Rose Sales insiste na sua tese de defender o cumprimento do TAC firmado em 2013.