O secretário de Estado de Comunicação Social e Articulação Política, Márcio Jerry, não tem dado sorte ao nomear alguns de seus auxiliares. Pelo menos dois tiveram a prisão decretada em menos de um ano por pendências com a polícia e a Justiça Um foi deles sumariamente exonerado, mas o outro segue firme no cargo para o qual foi nomeado por apadrinhamento.

O caso mais recente de envolvimento de um auxiliar do governo estadual vinculado à pasta comandada por Jerry com irregularidades teve como protagonista o ex-prefeito de São Bento Luiz Gonzaga Barros, o Luizinho, preso ontem durante a Operação “Vínculos”, da Polícia Federal, que investigou fraude no INSS em São Luís, São Bento, Palmeirândia, Pinheiro e Turilândia.

Apontado como integrante da quadrilha de fraudadores, Luizinho teve a prisão decretada pela Justiça Federal e entregou-se à PF no fim da tarde. Ato contínuo, Márcio Jerry fez divulgar na imprensa a exoneração do auxiliar do cargo de superintendente de Articulação Regional do Governo em São Bento.

Resta saber se mesmo com a prisão o governo manterá o apoio político já declarado a Luizinho, que vem se movimentando como pré-candidato a prefeito de São Bento. Mentor do plano comunista de expandir a influência do PCdoB no Maranhão por meio da conquista do maior número possível de prefeituras na eleição deste ano, Márcio Jerry vinha abraçando o projeto de poder sambentuense com entusiasmo.

Pensão alimentícia

Nomeado assessor especial de Márcio Jerry em outubro do ano passado, o militante Gerson Menezes Rogério, “importado” do Ceará pelos próceres da mudança, parece ter mais sorte do que Luizinho. O forasteiro segue firme no cargo, apesar de ter tido a prisão preventiva decretada pela Justiça, em maio do ano passado, por não pagar pensão alimentícia a dois filhos frutos de um relacionamento que teve em seu estado de origem, conforme noticiou o blog em primeira mão em no final do ano passado (relembre).

De posse de documentos que comprovaram a dívida e a decretação da prisão do assessor, que permaneceu no cargo por vários vezes na condição de foragido da Justiça cearense, o blog divulgou o caso no dia 14 de dezembro. Por coincidência – ou não, Gerson Menezes Rogério pagou, no dia seguinte à postagem, os quase R$ 10 mil que devia de pensão alimentícia aos filhos e livrou-se de ir para a cadeia.

A propósito, Luizinho e Gerson voltaram a ser nomeados no último dia 12, como atesta lista publicada no Diário Oficial do Estado (veja). Agora, só o segundo segue amparado, pelo menos oficialmente.