Sem salvar o povo, governo tenta última cartada para sobreviver

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Posse de Lula como chefe da Casa Civil é última cartada de Lula e Dilma para tentar manter o poder e as chances de prolongá-lo em 2018
Posse de Lula como chefe da Casa Civil é última cartada de Lula e Dilma para tentar manter o poder e as chances de prolongá-lo em 2018

Acuado em meio à crise política instalada no país, que ganhou contornos caóticos nas últimas semanas, após a condução coercitiva do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para prestar depoimento à Operação Lava Jato, o Governo Federal dá sua última cartada para sobreviver, sem que isso esteja atrelado à necessidade de salvar o povo da instabilidade provocada pela corrupção, pela incompetência administrativa e pelo abalo econômico que arruína milhões de brasileiros.

Com os ânimos nacionais ainda mais acirrados, a presidente Dilma Rousseff e Lula, bombardeados impiedosamente pela mídia e alvos da repulsa de uma parcela crescente dos brasileiros, resolveram reagir, adotando uma estratégia que visa tão somente a manutenção do poder conquistado por petistas e aliados há 13 anos e das chances de prolongá-lo.

Se no passado foi padrinho de Dilma, Lula hoje tornou-se muito mais do que um afilhado da presidente. O líder máximo petista agora precisa do foro privilegiado que o cargo de ministro-chefe da Casa Civil lhe confere para não ser julgado pelo juiz Sérgio Moro, figura notável por mandar para a cadeia políticos, agentes públicos e empresários envolvidos no escândalo da Petrobrás e em desvios em outras estatais. Ao esquivar-se do magistrado, o ex-presidente deixa claro que pretende manter vivo seu plano de voltar a governar o Brasil a partir de 2019.

A decisão do juiz Itagiba Catapreta, da 4ª Vara Federal do Distrito Federal, que suspende os efeitos da posse de Lula, tenta neutralizar a jogada governista. Mas é certo que Dilma, Lula e seu grupo moverão céus e terras para derrubá-la e restabelecer o que foi acertado nos porões do poder e que parece ser sua única tábua de salvação.

Encurralados, os governistas sabem que se não reagirem agora tudo estará perdido. Em meio às defesas e críticas à posse de Lula como chefe da Casa Civil, o que fica é a certeza de um governo desnorteado, que nada pode fazer para retirar o país do lamaçal no qual está afundando desde a eleição presidencial passada.

Enquanto o governo tenta se salvar, o povo segue sem esperança de dias melhores. A inflação avança sem freio, o desemprego cresce e os investimentos, sejam estatais, sejam privados, minguam. Os sintomas são tão graves que não se enxerga no momento qualquer perspectiva de melhora.

Pelo contrário, a tendência é de que o Brasil e os brasileiros afundem ainda mais no lamaçal da corrupção e da incompetência administrativa vigentes.

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