O vereador Honorato Fernandes (PT), utilizou a tribuna da Câmara Municipal de São Luís, na manhã de quarta-feira (9), para justificar o entendimento para viabilidade financeira da emenda que obrigaria metade da frota de ônibus de São Luís ter ar-condicionado e declarou que, embora a emenda tenha sido rejeitada, ele continuará lutando para garantir o benefício aos usuários.

Na oportunidade, Honorato destacou também a importância dos parlamentares participarem das discussões acerca do transporte público e unirem força na luta para garantir a qualidade do serviço que será prestado após a licitação.

“Pela primeira vez, estamos às vésperas de quebrarmos um paradigma que impõe um binômio composto pela qualidade do serviço público, versus custo da tarifa pública cobrada. Este tema vem mastigando a sociedade há muito tempo e onde você vai, se tem uma reclamação recorrente, é a questão do transporte público. Por isso, esta Casa não pode se negar a discutir a qualidade do serviço de transporte coletivo”, afirmou o vereador.

Ressaltou ainda a necessidade da sociedade civil participar dos debates, através das audiências públicas, uma vez que é a população quem arca com os custos do transporte público, desde a tarifa cobrada ao subsídio ofertado pelo executivo.

“A licitação, que, apesar de entendermos que ainda merece alguns reparos, está com os dias contados para acontecer e foi um ganho encaminhado pela Prefeitura de São Luís. Precisamos discutir sim alguns pontos do projeto, por isso a importância de realizarmos as audiências públicas, nas quais os clientes poderão participar do debate acerca dos itens que irão compor os serviços ofertados. Digo clientes, porque eles é que pagam as tarifas e também os subsídios oferecidos pelo poder executivo”.

O vereador finalizou o discurso justificando a viabilidade financeira da emenda, que obrigaria metade da frota de ônibus de São Luís ter ar-condicionado.

“Portanto, nós temos a oportunidade de fazer a diferença em 2016. Porque quando se contrata um serviço, preza-se pela qualidade do mesmo. Por isso, retiramos do projeto de Lei a questão da quarteirização do serviço, pois somos conscientes dos prejuízos acarretados com esta proposta. É importante esclarecer ainda que o maior custo do sistema de transporte público beira em torno de 23% e diz respeito ao combustível e que o aumento por conta do ar-condicionado, neste item que compõe a cesta de tarifas, também representa 20%”, finalizou Honorato.

Mesmo a emenda sendo rejeitada, Honorato afirma que não desistirá e continuará lutando para garantir o benefício aos usuários do transporte público de São Luís. Para tanto, o vereador está buscando apoio junto aos executivos municipal e estadual e colhendo assinaturas da população, a fim de garantir a legitimidade da vontade popular. Estudos técnicos que justificam a viabilidade financeira da proposta também já estão sendo realizados e serão apresentados durante audiência pública que discutirá a questão.