Cinco anos após ser preso, Alessandro Martins surpreende e assume a Citröen no Maranhão

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Cinco anos após ter sido preso, Alessandro Martins volta ao ramo de venda de veículos
Cinco anos após ter sido preso, Alessandro Martins volta ao ramo de venda de veículos

Contrariando previsões de que retornaria ao Maranhão para negociar a compra da Dalcar com a família Albuquerque, o empresário Alessandro Martins surpreendeu ao assumir o controle da concessionária Citröen no estado. Em postagem em sua página no Facebook, o polêmico e arrojado Martins exibiu cópia do seu cartão de apresentação, que o identifica como diretor-presidente da filial maranhense da marca francesa de veículos, situada na Avenida dos Holandeses, no Calhau.

Alessandro Martins começou a fazer sucesso no ramo de venda de carros na década de 90 como executivo da Dalcar, concessionário Chevrolet em São Luís, da qual chegou a ser presidente. Com a projeção alcançada no mercado, deu um salto ainda mais alto ao comprar a Auvepar, em 2001, mudando o nome da empresa para Euromar.

Nos tempos de bonança, tornou-se uma das celebridades mais prestigiadas no Maranhão. Sua influência transpassou o mundo dos negócios, chegando às esferas políticas e até ao Poder Judiciário.

Esquema

Cartão de apresentação exibido no Facebook traz as novas credenciais do empresário
Cartão exibido no Facebook traz as novas credenciais do empresário

Como diretor-presidente da concessionária Volkswagen, Alessandro Martins comercializou milhares de carros novos e semi-novos a menor preço por meio de um sistema de vendas que depois se revelou uma fraude e deu origem até mesmo a uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), criada em março de 2010.

Investigado também pela polícia e pelo Ministério Público locais, o empresário foi indiciado por formação de quadrilha ou bando, sonegação fiscal, crime contra a ordem econômica, crime contra as relações de consumo, desobediência (recusou-se a prestar depoimento à CPI duas vezes e teve de ser conduzido coercitivamente), e falsificação de documento público.

Teve, então, a prisão preventiva decretada pela juíza Oriana Gomes, da 10ª Vara Criminal, mas não se entregou. Em vez disso, fugiu e foi localizado no Rio de Janeiro. Escoltado a São Luís por policiais do Maranhão, ele passou alguns dias na prisão e depois foi solto, afastando-se do meio empresarial e das rodas sociais, com aparições esporádicas nos últimos anos.

Ao comprar a Citröen, Alessandro Martins tenta retornar ao ramo automotivo, agora com dois objetivos: voltar a fazer sucesso nos negócios e melhorar sua reputação.

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