Sem receber pagamento pelo fornecimento de material hospitalar à rede estadual de saúde há pelo menos dois meses, empresários do ramo ameaçam suspender a entrega dos itens a hospitais, postos e UPAs. Os fornecedores mantêm contrato com os institutos Acqua e Cidadania e Natureza (ICN), que estariam inadimplentes porque a Secretaria de Estado da Saúde (SES) não vêm fazendo regulamente os repasses pela terceirização da gestão de hospitais e demais unidades.
Juntos, os institutos Acqua e ICN são responsáveis pela gestão de 90% da rede hospitalar do Estado. A suspensão da entrega de seringas, luvas, gaze, ataduras, algodão, água oxigenada, máscaras, bandejas, glicose e diversos outros itens colocaria em risco a vida de milhares de pacientes.
É temerária a atitude do governo de não pagar regularmente às terceirizadas, impedindo que estas cumpram os compromissos firmados com fornecedores. A situação revela incompetência ou mesmo descaso, uma vez que a saúde deve ser tratada como prioridade por qualquer gestor público.
Além da pendência financeira com as terceirizadas, o governo deve uma explicação e bom atendimento ao povo. Nos dois casos, precisa pagar de qualquer jeito, quanto antes.