Roda de Conversa do programa Mais Cultura nas Escolas é realizada em Paço do Lumiar
Educadores de Paço do Lumiar receberam nesta quinta-feira (17), a visita de Maurício Nunes, coordenador do programa “Mais Cultura nas Escolas”, do Governo Federal. O encontro, realizado em todo o país recebe o nome de “Roda de Conversa”, e reuniu monitores, gestores de escolas na Faculdade IESF, no Maiobao, com o objetivo de conhecer e avaliar as atividades desenvolvidas.
Presentes na abertura do evento, o prefeito de Paço do Lumiar, Josemar Sobreiro (PSDB), secretária de Educação, Graça Privado, a primeira-dama e presidente da Academia Luminense de Letras, Ivone Oliveira, o vereador Wellington Sousa, o coordenador municipal de Programas Federais, Jurandir Cutrim, o secretário de Cultura, Fernando Muniz e a presidente do Conselho Municipal de Educação, Patrícia Rodrigues.
A acolhida ao público foi marcada pela apresentação dos músicos da Corporação Musical Municipal “La Roque”, grupo de banda marcial estudantil que executou o hino Nacional e de Paço do Lumiar, em seguida, o Bumba- meu-boi da UEB Olavo Melo, mostrou a beleza e expressão cultural da comunidade da Pindoba.
Entre as mais de 200 mil escolas brasileiras, Paço do Lumiar participa do programa através de 5 unidades (UEB Olavo Melo, UEB Alfredo Silva, UEB Paranã, UEB João de Assis e UEB Ver. Genival Pereira) educacionais inscritas com a efetivação de projetos nas áreas de: artes visuais, literatura, teatro, música, artes plástica e culinária. O programa faz uma chamada aos artistas do entorno e também das escolas, onde os professores têm a chance de aliar a execução das atividades ao conteúdo de sala de aula.
Em sua fala, o prefeito Josemar destacou a importância da manutenção e valorização cultura popular na escola, destacando um estudo mais aprofundando das manifestações existentes no próprio município. “Temos a festa do Divino Espírito Santo mais antiga do Brasil, os maiores grupos de bumba-meu boi do Maranhão. Grupos que carregam uma bagagem histórica – cultural que devem ser exploradas pelos nossos alunos, bem como o ensino da música, dança e esportes, atividades que dinamizam e promovem uma melhor qualidade do ensino”, disse.
Na opinião da professora Ivone Oliveira, o programa precisa ser abraçado por um maior número de escolas para que a inclusão de filhos de pescadores, de agricultores, por exemplo, seja parte desse processo, sem distinção racial ou social. “O preconceito está no discurso diário e precisamos assumir e superar essa falha de capacitação docente, incluindo aqui uma nova formação de licenciatura universitária”, solicitou Ivone Oliveira.
Para o coordenador do programa federal, Maurício Nunes, não se pode dissociar a cultura da educação, e sim, trabalhá-las como um conjunto de ações articuladas com foco na inclusão. “Hoje a cultura e artes estão em segundo plano nas escolas tradicionais e o MEC e o Minc pretendem reconduzi-las aos seus devidos lugares”, afirmou.
Entretanto, a secretária de Educação, Graça Privado, reforçou pela inserção definitiva das disciplinas de artes e cultura, prejudicadas pelo currículo tradicional em detrimento de outras. “É um obstáculo as novas práticas, e precisam ser superadas, pois reconhecemos o excelente trabalho em desenvolvimento com as cinco escolas beneficiadas com o Mais Cultura”, comentou a secretária.
Programa
O Mais Cultura nas Escolas está associado ao Mais Educação, e no estado, 423 escolas desenvolvem o programa. Com mais de 1 milhão de habitantes, São Luís tem apenas oito escolas inscritas, contra cinco de Paço do Lumiar, que tem pouco mais de 100 mil habitantes.
“E preciso que os professores saiam da teoria para abraçar a prática popular do conhecimento, que usem ferramentas que sejam mais comuns às comunidades em que as escolas estão inseridas.”, orienta Maurício Nunes, do Minc que defende ainda, a cultura como plataforma do desenvolvimento humano, como ferramenta que ultrapassa a escola.