Prisão de João Abreu tem motivação política e não passa de circo armado
A notícia da decretação da prisão do ex-chefe da Casa Civil João Abreu ganhou as manchetes de todos os veículos de comunicação aliados ao Palácio dos Leões. Não poderia ser diferente, pois o comunista Flávio Dino, mentor da orquestração, pretende dar a maior visibilidade possível ao seu plano de colocar na cadeia uma figura próxima ao grupo liderado pelo senador José Sarney, como se essa fosse sua principal missão como governador.
Para cobrir a pretendida prisão do adversário, foram escalados repórteres, cinegrafistas, repórteres fotográficos, blogueiros e outros profissionais de mídia pautados por quem hoje dita o rumo do poder político no Maranhão. Um forte aparato midiático foi posicionado em frente ao prédio onde mora João Abreu, na Ponta d’Areia, pronto para registrar cada momento do espetáculo.
A polícia também compareceu em bom número ao local. Uma frota numerosa de viaturas foi deslocada à península, como se no edifício estivesse homiziado um criminoso de altíssima periculosidade e não um cidadão em pleno gozo de todos os seus direitos e garantias constitucionais. O secretário de Segurança Pública, Jefferson Portela, acompanhou pessoalmente a megaoperação. Só faltou o próprio Flávio Dino, acompanhado do seu fiel escudeiro, Márcio Jerry, dar as caras, mas aí já seria demais.
A mobilização policial foi exagerada e injustificada aos olhos de quem acompanhou o fato com lucidez e coerência. E para decepção de Flávio Dino e seguidores, João Abreu não foi localizado, ciente que estava de que seria armado um circo para prendê-lo.
A tentativa frustrada de prender João Abreu foi mais um fato a comprovar que no atual governo sobra ódio e falta competência para concretizar planos, quaisquer que sejam.