O governador Flávio Dino (PCdoB) exonerou o diretor do Convento das Mercês, Valdênio Nogueira Caminha, nomeado logo nos primeiros dias da atual gestão. O ato de exoneração foi publicado no Diário Oficial do Estado no último dia 9.
O agora ex-diretor é pai do advogado Marcos Caminha, que não bastasse ser sócio do secretário de Estado de Transparência e Controle, Rodrigo Lago, em um escritório advocatício, é chefe da assessoria especial da pasta por este chefiada.
Valdenio foi demitido na esteira das mudanças promovidas pelo novo secretário de Estado da Cultura, Felipe Camarão, que assumiu o cargo com a missão de organizar e moralizar a pasta.
Mas, enquanto o pai deixa o governo, o filho segue firme na administração comunista, favorecido pelo próprio sócio e aparentemente ungido pelo governador.
A exoneração do diretor do Convento das Mercês coloca, mesmo que indiretamente, a Secretaria de Estado de Transparência e Controle no centro de uma polêmica, que envolve privilégio, desrespeito com a coisa pública e cinismo.
O mais intrigante é que o imbróglio acontece justamente na pasta criada por Flávio Dino para perseguir adversários.