O alto risco de morte voltou a rondar o dia a dia da população de São Luís em agosto. O aumento do número de homicídios dolosos mês passado, em relação a julho, foi de quase 78% (77,7%, para ser mais exato). A explosão do número de assassinatos escancara as deficiências do sistema de segurança pública, desmentindo os supostos avanços alardeados pelos próceres do governo da mudança.
Enquanto julho registrou taxa de homicídios dolosos bem abaixo da média contabilizada nos últimos anos – apenas 45 -, em agosto, a violência voltou a mostrar a sua face mais cruel, pois ocorreram 80 assassinatos, a maioria por arma de fogo.
Detalhe: até as 11h37, quando esta matéria foi postada, o site da Secretaria de Segurança Pública ainda não havia incluído, no campo “estatísticas”, as duas mortes que aconteceram ontem, último dia do mês, no Morro do Zé Bombom (área do Coroadinho) e na Vila Itamar.
Se levarmos em conta todas as mortes violentas registradas em agosto, o salto é ainda mais assustador: 94 óbitos, entre assassinatos, lesões corporais seguidas de morte, latrocínios, mortes em confrontos com a polícias, óbitos em acidentes de trânsito, mortes a esclarecer, entre outras classificações.
A explosão dos homicídios em agosto, após um mês de julho de relativa calmaria, foi um duro golpe no atual governo, que pensava ter resolvido em definitivo o problema da violência na Região Metropolitana de São Luís. E se vangloriava disso.
Resta agora rever a estratégia e manter a serenidade, para não mais se deixar levar pela empolgação midiática.