A jovem e bela prefeita de Bom Jardim, Lidiane Leite (PP), deve ter se arrependido amargamente dos arroubos de ostentação que protagonizou desde que assumiu o cargo, em 1º de janeiro de 2013, com apenas 22 anos de idade. Após ter “herdado” a candidatura do namorado, Beto Rocha, e saído vencedora nas urnas, ela passou a tratar o dinheiro público como seu patrimônio, causando indignação no povo que a elegeu e despertando a atenção do Ministério Público Federal e da Polícia Federal, que deflagrou hoje a Operação Éden, com o intuito de reprimir desvio de recursos públicos no município, distante 275 quilômetros de São Luís.
O cargo de prefeita proporcionou a Lidiane uma vida de luxo, que ela não fazia a mínima questão de esconder. Ainda na flor da idade, com apenas 25 anos, a gestora foi pilhada em sucessivos episódios de malversação.
Frequentemente, transferia para sua conta bancária pessoal recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) e do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) destinados aos cidadãos de Bom Jardim, cidade com alto índice de pobreza, assim como tantos outros grotões do interior do Maranhão. Certa vez, gastou a astronômicos R$ 4 mil com a compra de vinhos para um jantar nada singelo.
Em meio ao abalo provocado pela presença da PF em Bom Jardim e temendo o risco de ir para a cadeia, pois a Justiça Federal também expediu mandado de prisão contra ela, Lidiane tomou rumo ignorado e está foragida. Já o namorado, Beto Rocha, que também é seu secretário de Assuntos Políticos, e o secretário de Agricultura, Antônio Gomes da Silva, o Antônio Cesarino, não tiveram a mesma sorte e foram detidos.
Para quem tanto ostentou luxo e desdenhou da lei e dos cidadãos que a elegeram, assumir a condição de foragida é uma triste ironia.