A deputada Andrea Murad (PMDB) subiu na tribuna nesta quinta-feira (11) para falar das duas representações que deu entrada na Procuradoria Geral de Justiça e no Tribunal de Contas do Estado do Maranhão. Segundo ela, o processo de dispensa do contrato, que visa fornecer serviços de xerox através da empresa Copiar para a Secretaria de Planejamento do Estado, apresenta vícios e graves irregularidades que merecem atenção da justiça e medidas do TCE. A parlamentar apresentou novos elementos que configuram ilegalidade e disse que o erário não pode ser prejudicado em favorecimento de empresa ligada à família do governador.
“A Copiar foi contratada pela Seplan através de dispensa de licitação sem necessidade. O governo assumiu em janeiro, teve tempo de fazer o pregão, mas não fez. Poderia também optar para prorrogar o contrato com a CSF, que era a empresa que prestava o serviço, mas também não fez, mesmo tendo o valor mais vantajoso para a Secretaria. Mas no processo de dispensa, existiu uma simulação na planilha de custos das propostas para beneficiar a Copiar”, explicou Andrea Murad.
A deputada Andrea Murad explicou que o secretário adjunto da Seplan, Nélio Alves Guilhon, foi quem simulou essa planilha de custos favorecendo a Copiar no processo licitatório. Além disso, ela denunciou que o adjunto é um servidor federal que faz parte do quadro de funcionários da UFMA com dedicação exclusiva e que jamais deveria estar secretário adjunto de planejamento do Estado. Outra grave irregularidade destacada pela parlamentar é que a empresa tem ligações com familiares do governador Flávio Dino.
“A sócia da Copiar é Glenda Frota de Albuquerque Cordeiro, irmã de Sandra, casada com Nicolau Dino, irmão de Flávio Dino. Aí quando o governador chega e diz: não, emprego eu não dou a ninguém da minha família no meu governo. Realmente, ele não está dando emprego não, ele está dando um baita de um emprego, porque isso aqui é um baita de um salário para alguém da família dele. Então é uma hipocrisia sem tamanho. E o mais grave: o Nélio simulou a planilha de custo, isso foi simulação. Por que não prorrogou com a CSF que seria mais vantajoso? Por que não deu o aditivo no prazo? Porque não quis, porque quis beneficiar a Copiar, empresa da família do parente do governador”, disse a parlamentar.