O Maranhão aparece nas últimas posições no quesito transparência, segundo ranking divulgado nesta sexta-feira pela Controladoria Geral da União (CGU). No Nordeste, o estado ocupa a vergonhosa penúltima colocação, com nota 2,2. Em relação às 27 unidades da federação, ficou em 25º, isto é, em antepenúltimo.
Em vez de assumir o erro e anunciar medidas para reverter a incômoda situação, o atual governo, como de costume, prefere culpar a gestão anterior, em mais um ato cínico, que subestima a inteligência dos maranhenses.
É inconcebível atribuir a antecessores a omissão de informações administrativas do Estado, já que o levantamento analisou os dados (ou a falta deles) do presente. O processo governamental é contínuo, ou seja, tão logo acabou a gestão passada, assumiu a nova, chefiada pelo comunista Flávio Dino. Cabe a esta alimentar o site oficial (www.ma.gov.br) com informações obrigatórias e que permitam aos cidadãos ter conhecimento dos gastos e demais atos de governo, conforme prevê a Lei de Acesso à Informação.
Detalhe: os atuais governantes promoveram reformulação profunda na página do Estado na internet. Se há dados pendentes, só quem fez a mudança tem condições de explicar.
Transparência tem a ver com o que ocorre agora. Quem está no poder hoje não só tem a chave do cofre na mão, como detém conhecimento pleno da realidade governamental. Tem também o dever de divulgar, de acordo com os interesses do povo.
É preciso deixar claro que a posição vexatória do Maranhão no ranking da transparência resulta de ações do presente. E nada mais.