O governador Flávio Dino (PCdoB) remanejou mais 10 cargos de Assessor Sênio, simbologia DAS-1, da Casa Civil, confirmando novamente o inchaço na pasta em sua gestão, fato denunciado pelo jornal O Estado do Maranhão na edição do último dia 8 de fevereiro. Decreto assinado por Dino e pelo secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, e publicado no Diário Oficial no último dia 20, transfere os 10 cargos para a Junta Comercial do Estado do Maranhão (Jucema).

Em matéria assinada pelo repórter Ronaldo Rocha, da Editoria de Política, O Estado revelou que Flávio Dino elevara de 587 para 842 o número de cargos na Casa Civil, um exemplo grotesco de inchaço da máquina pública. O número de postos criados chegou a 255, com impacto significativo na folha de pagamento do funcionalismo público estadual.

Os 842 cargos foram distribuídos pelas seguintes áreas: Administração Superior da pasta, Unidade de Assessoramento Direto, Secretaria Adjunta de Orçamento e Finanças, Secretaria Adjunta de Planejamento e Ação Governamental, Comissão Setorial de Licitação, Secretaria Adjunta de Assuntos Jurídicos e Legislativos, Cerimonial, Curadoria, Apoio Institucional, Gabinete do Governador, Representação do Vice-Governador, Assessoria de Programas Especiais, Gabinete Militar e Funções Gratificadas.

O secretário-chefe da Casa Civil, Marcelo Tavares, contestou a informação publicada pelo jornal, alegando que em vez de aumentar o número de cargos, promoveu um enxugamento na pasta. Ele afirmou que recebeu a pasta com 910 cargos, não com 587, como divulgado.

Em suas considerações, Tavares não mencionou o projeto de lei enviado pelo governo anterior à Assembleia Legislativa extinguindo 300 cargos na Casa Civil. Por desconhecimento ou de propósito, não mencionou a rejeição da proposta pela AL, naquele momento já sob a influência do então governador eleito Flávio Dino

Explicações à parte, o decreto assinado pelo governador e pelo chefe da Casa Civil tem cargos de sobra e tem a obrigação de remanejá-los, para o bem do serviço público.