O Sampaio Corrêa fez ontem, contra o Vila Nova, no Serra Dourada, o seu pior jogo na Série B e o desfecho não poderia ter sido outro se não a derrota, pelo placar humilhante de 4 x 1. O resultado foi ainda mais deprimente por causa da boa campanha do Tricolor em relação à participação pífia do time goiano na competição. Vice-lanterna do campeonato, o Vila Nova dominou a partida do início ao fim, diante de um Sampaio apático, que não foi nem sombra da equipe aguerrida que estava há oito jogos sem perder e que até então mirava de perto o G-4 e o tão sonhado acesso à Série A.

O time do técnico Vinícius Saldanha esteve irreconhecível desde o princípio. Tanto que aos 25 minutos do primeiro tempo já perdia por 2 x 0. Chamou atenção a fragilidade da marcação tricolor, que estimulou o adversário ao se lançar ao ataque de forma voraz, sem tomar conhecimento de que estava diante de um rival altamente qualificado. O goleiro Rodrigo Ramos, que fazia sua 350ª partida pelo Sampaio, guardará, além do recorde histórico, uma amarga lembrança do jogo.

Faltou ao Sampaio atitude, tanto no ataque quanto na marcação. O meio de campo e a defesa eram facilmente batidos pelos velozes atacantes do Vila Nova, que perderam várias chances e poderiam ter construído um placar ainda mais elástico, não fosse a má pontaria e algumas defesas providenciais de Rodrigo Ramos. Na frente, Pimentinha não foi nem sombra do jogador que brilhou na goleada de 3 x 0 sobre o Bragantino, na rodada anterior. Willian Paulista esteve disperso e pouco perigo ofereceu à zaga goiana.

O confronto com o Vila Nova é para ser esquecido. Nada deu certo para o Sampaio durante a partida. Até mesmo os cronistas esportivos de Goiás escalados para a transmissão televisiva do jogo estranharam a apatia do Tricolor, que desde o primeiro minuto foi um time sem alma e sem determinação.

O Sampaio mantém as chances de acesso à elite do futebol nacional, mas terá que se refazer o quanto antes do vexame que passou.