Brasília – Em reunião de trabalho, no Palácio da Alvorada, em Brasília, 54 reitores de universidades federais apresentaram à presidente Dilma Rousseff uma série de reivindicações para o ensino superior, resultantes das necessidades vivenciadas pelas instituições, tendo como base o processo de expansão.
Foi o segundo encontro dos reitores com a presidente Dilma para discutir a continuidade do projeto de expansão das IFES para os próximos dez anos. O primeiro aconteceu em 21 de maio, oportunidade em que os dirigentes das IFES propuseram a manutenção da política de expansão, sobretudo, para as regiões mais carentes e isoladas do país e, principalmente, para os municípios que precisam de investimentos públicos para a área da educação.
Nas duas oportunidades, a presidente ressaltou o seu compromisso com a educação e defendeu a destinação de 75% dos recursos oriundos da exploração do pré-sal para a área, assim como 25% para a saúde. Ao tomar conhecimento dos seis eixos de discussão propostos pelos reitores, por meio de um programa de investimentos a partir de 2015 e a criação de uma agenda de desenvolvimento, Dilma demonstrou a sua preocupação com a situação da educação no Brasil, tido como princípio estratégico básico para o desenvolvimento de todas as outras áreas econômicas e sociais.
Presentes à reunião, o ministro da Educação, Henrique Paim, e o ministro da Ciência e Tecnologia, Clélio Campolina, reforçaram a análise feita pelos reitores e reafirmaram o seu apoio aos pontos apontados pelos dirigentes das IFES. Uma pauta comum a todos os dirigentes é, por exemplo, a idéia de que a expansão do ensino superior precisa continuar porque o País precisa avançar na área da educação para que o desenvolvimento nacional seja universal e acessível a todos.
“Mas, é necessário que algumas correções sejam feitas e, para isso, propomos um planejamento de ações e destinação de recursos a curto, médio e longo prazo. Precisamos expandir com qualidade e não somente com quantidade, e expandir significa atender a todas as dimensões propostas pelo governo federal ao projeto de expansão”, analisou o reitor da UFMA, Natalino Salgado Filho.
Para os dirigentes das IFES, a continuação dessas políticas devem servir para fundamentar o seu apoio à permanência do atual modelo de gestão pública da administração federal. Os dirigentes entendem que as mudanças ocorridas na educação superior há uma década serviram como impulsos vitais para a reestruturação da educação e não há como voltar atrás. Por isso, a intenção dos representantes da área é manterem-se unidos para que o governo federal mantenha as políticas em andamento. Para a manutenção desse projeto os reitores presentes à reunião manifestaram, unanimemente, apoio à reeleição da presidente Dilma.