A vereadora e candidata a deputada federal Fernanda Maria (PSL), autora da denúncia que levou o programa Fantástico, da Rede Globo, a mostrar para todo o Brasil um esquema de corrupção nos municípios maranhenses de Mata Roma e Anapurus, passou a andar escoltada por um guarda-costas em todos os lugares onde vai. Vítima de um atentado e de ameaças feitas em um perfil falso no Facebook, ela disse temer por sua sua segurança e a da sua família.
A vereadora denunciou um escândalo de contratação de empresas constituídas em nomes de laranjas para prestar serviços às prefeituras das de Mata Roma e Anapurus em áreas como infraestrutura, educação e saneamento básico e que teria resultado no desvio de mais de R$ 35 milhões. Em conversa com o autor deste blog, Fernanda Maria disse que a ampla repercussão da reportagem, exibida no último dia 27, põe em risco a sua integridade.
“Resolvi procurar a imprensa porque temo pela minha segurança e dos meus familiares”, declarou a vereadora, que afirmou que só vai a Mata Roma acompanhada por seu guarda-costas, um policial militar aposentado. “Sei que esse grupo é perigoso e vingativo, por isso resolvi expor a situação”, complementou.
Atentado
Segundo Fernanda Maria, o atentado aconteceu em 27 de março deste ano, dias após ter começado a denunciar o esquema de corrupção na Câmara. A vereadora conta que trafegava pela Vila Maçulão, em Mata Roma, quando avistou um caminhão da prefeitura daquele município, de placa NXD-8630, fazendo transporte irregular de medicamentos para uma clínica. Ela, então, resolveu tirar fotos da suposta irregularidade quando foi surpreendida por um Fiat Pálio de placa OJD-1522, que por pouco não a atropelou. Fernanda aponta como autor do atentado o pregoeiro (servidor responsável por comandar licitações) de Anapurus, identificado como Rennefild Garreto Vasconcelos.
Assustada após o episódio, a vereadora registrou boletim de ocorrência na Delegacia Regional de Chapadinha.
Fernanda Maria conta ainda que após o atentado foi criado um perfil fake (falso) na rede social Facebook, com o pseudônimo “Alda Soares”, cujo teor continha uma série de ameaças a ela.