Da coluna Estado Maior

Não há mais dúvida no meio político: antes incentivador de pesquisas para medir as preferências do eleitorado na corrida para o Governo do Estado, o pré-candidato do PCdoB a governador, Flávio Dino, não quer saber de levantamentos recentes, menos ainda vê-los publicados nos jornais e repercutidos em programas de rádio e de TV e canais da internet.

O motivo é simples: as últimas aferições teriam mostrado uma mudança radical no cenário sucessório. Estariam dizendo que Flávio Dino, que flanou na dianteira durante muitos meses, quando não tinha um adversário bem definido, estaria agora perdendo fôlego. A tendência de queda começou a ser desenhada com a entrada do senador Lobão Filho como pré-candidato do PMDB e da aliança articulada pela governadora Roseana Sarney.

De lá para cá, Flávio Dino virou as costas para os institutos de pesquisa, mesmo o que andou fazendo patacoadas para favorecê-lo. Nos bastidores da corrida sucessória, são fortes os comentários de que o comunista estaria amargando percentuais que o estariam desanimando. Comenta-se que Dino travou a divulgação de pelo menos três levantamentos, entre eles um feito recentemente pela Econométrica. Os números não vieram à tona, mas o boca a boca deu conta de queda acentuada de Dino e ascensão surpreendente de Lobão Filho.

Mas, a partir de agora, queira ou não o pré-candidato do PCdoB, pesquisas que estiverem em andamento serão divulgadas e vão mostrar o que ele tem feito de tudo para esconder.