O comunista Flávio Dino abriga em seu palanque algumas das figuras mais controversas da política do Maranhão. São pessoas com folha corrida reprovável e que nada agregam em termos de votos, tamanha a sua rejeição perante o povo. Mesmo assim, o pré-candidato do PCdoB ao governo as abraça, sabedor que é da habilidade de tais aliados em promover o jogo sujo, seja nos bastidores, seja à luz dos holofotes, sempre à base da chantagem e da cooptação.

Dessa lista nefasta constam, por exemplo, o ex-governador José Reinaldo Tavares e o deputado federal Weverton Rocha, ambos enrolados com a Justiça e devidamente punidos por suas peripécias. O primeiro chegou a ser preso em 2007, durante a Operação Navalha, deflagrada pela Polícia Federal para investigar a participação de agentes públicos em um gigantesco esquema de desvio de verbas operado por meio de fraude em licitações. No caso de Zé Reinaldo, a irregularidade foi a construção de pontes que ligavam o nada a lugar nenhum.

Não menos escandaloso é o episódio que envolve o deputado federal Weverton Rocha, manda-chuva do PDT no Maranhão. O astuto parlamentar teve os bens bloqueados no último dia 22 de maio pela Justiça estadual em um caso que remonta ao ano de 2008, quando ele autorizou, na condição de secretário de Estado de Esportes e Juventude, o pagamento antecipado de mais de R$ 5 milhões a uma construtora contratada para reformar e modernizar o Ginásio Costa Rodrigues, templo maior do esporte amador em São Luís. Apesar de ter recebido a soma milionária integralmente, a empreiteira apenas demoliu o prédio e fez algumas escavações, o que motivou uma investigação do Ministério Público e a posterior condenação judicial, que Weverton contesta, inclusive por meio de nota enviada a este blog e devidamente publicada.

Não satisfeito em aliar-se a políticos com má fama no cenário maranhense, Flávio Dino busca apoio de personagens execrados nacionalmente por malfeitos como o uso de funções públicas em benefício próprio. É o caso do presidente nacional do PDT e ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que pediu demissão em 2011, após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendar sua exoneração. Mesmo fora do cargo, Lupi mantém plena influência no órgão, já que o atual ministro, Manoel Dias, é seu aliado de primeira hora, por ele foi indicado e segue fielmente suas orientações.

A folha corrida dos aliados de Dino se assemelha ao histórico de gestor público do próprio comunista, que tem três contratos firmados na época em que presidia o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur) sob investigação do Tribunal de Contas da União (TCU). Coincidência ou não, ele está se cercando de pessoas acostumadas a responder na Justiça por acusações de favorecimento e outros atos de corrupção. Talvez para adquirir experiência também nesse ramo.

Será que, uma vez eleito, Dino pretende contar com o suporte dessas figuras para governar o Maranhão?