Entreia sem nervosismo não é estreia

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Neymar comemora com Thiago Silva o gol de empate do Brasil
Neymar comemora com Hernanes e Daniel após marcar, de pênalti, o gol da virada do Brasil

O placar de 3 x 1 até que foi confortável, mas o que se viu durante o jogo foi uma seleção brasileira nervosa diante de uma Croácia bem armada e com jogadores experientes e de incontestável talento. Nada mais natural para a estreia em uma competição cercada de imensa expectativa, na qual o Brasil, por jogar em casa, é o principal favorito ao título.

A seleção entrou visivelmente tensa no jogo, enquanto o adversário explorava bem os contra-ataques. Tanto que aos 10 minutos veio o susto: a Croácia abriu o placar, após uma jogada de linha de fundo em que o lateral esquerdo Marcelo, ao tentar interceptar o cruzamento, acabou colocando a bola na rede de Júlio César. Foi o primeiro gol contra do Brasil na história das copas.

Em desvantagem e diante de mais de 62 mil torcedores, não restou alternativa ao Brasil a não ser buscar o empate e a virada. E a vitória veio graças às excelentes atuações de Oscar e Neymar, ambos em tarde/noite bastante inspirada. A seleção brasileira igualou o placar aos 28 minutos do primeiro tempo, após uma jogada que reuniu técnica e raça do meia do Chelsea, que se livrou de quatro adversárioa e tocou para o atacante do Barcelona chutar fraco, mas no canto, o suficiente para tirar a bola do alcance do goleiro croata.

O Brasil voltou a mostrar nervosismo e desorganização no início do segundo tempo. Até que o árbitro viu pênalti no atacante Fred, que ao dominar a bola na área foi tocado levemente no ombro e desabou. Malandragem pura. Neymar cobrou, a bola ainda resvalou na mão do goleiro, mas foi parar no fundo da rede: 2 x 1, para delírio da torcida presente no Itaquerão e espalhada de norte a sul do país.

Com a virada, foi a vez da Croácia partir para cima para tentar empatar, mas quase sempre esbarrava em David Luiz, um verdadeiro gigante na zaga. Diante do perigo e percebendo que alguns jogadores não estavam rendendo o esperado, Felipão alterou o time, colocando em campo Hernanes, Ramires e Bernard, nos lugares Paulinho, Hulk e Neymar, este último muito mais por cansaço.

As substituições deram certo. O Brasil não só segurou o placar, como ampliou em uma jogada em que Ramires desarmou um rival no meio-campo e passou para Oscar, que partiu em velocidade e chutou de bico no canto direito do goleiro. Estava sacramentada a vitória.

Obviamente, a seleção brasileira ainda tem muito o que melhorar. É preciso, por exemplo, que os volantes deem maior cobertura às laterais, já que Daniel Alves e Marcelo têm como característica a ofensividade, mas acabam deixando espaço para os contra-ataques. Como a Copa do Mundo é uma competição curta, o time só ganhará o ritmo e o entrosamento necessários no decorrer dos jogos.

Erros à parte, o desempenho no primeiro jogo foi de bom tamanho, pois estreia sem nervosismo não é estreia.

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