Como se não bastassem as quatro mortes registradas em Pedrinhas em menos de uma semana, um preso armado com um revólver rendeu ontem um monitor e um vigilante do Presídio São Luís I, considerado de segurança máxima, e fugiu. Não fosse a ação rápida da Polícia Militar e do Grupo de Operações Penitenciárias (Geop), seria mais um detento a ganhar as ruas, como tantos outros que já escaparam e até hoje continuam foragidos.
Alegando doença, o preso Mylon Silva Araújo, de 22 anos, foi retirado da cela sem ser revistado para receber atendimento médico na enfermaria do Presídio São Luís II. Tão logo foi retirada a algema, ele sacou um revólver calibre 38, dominou o monitor e o vigilante e deixou o presídio, indo em direção à linha férrea. O detento subiu em um pequeno morro, mas foi perseguido e recapturado por homens da PM e do Geop.
De forma surpreendente, Mylon conseguiu dispensar a arma, que não foi encontrada. Com ele, foram apreendidas apenas sete munições e a quantia de R$ 330,00 em espécie. O preso foi conduzido ao Plantão Central da Vila Embratel, onde foi autuado.
O caso expôs de forma inequívoca a negligência no acompanhamento de presos que deixam as celas por alguma circunstância, já que a revista é um procedimento básico de segurança. Felizmente, não aconteceu o pior.
Enquanto os nossos governantes não fizerem um trabalho social e de ressocialização,nossos presídios servirão como universidade que oferece varias opções de se profissionalizar na criminalidade;sem contar com as vária fações que dominam o presidio, que possui um contingente de insuficiente para a demanda.