A chuva voltou a castigar São Luís no início da tarde de hoje. Vários pontos da cidade ficaram alagados. A situação mais crítica ocorreu na Avenida Colares Moreira, no Renascença, nas imediações do Curso Wellington. Vários carros foram cobertos pela água, causando prejuízo aos proprietários.
Na Beira-mar, próximo à cabeceira da Ponte Governador José Sarney, a pista também ficou inundada, o que tornou trânsito ainda mais complicado.
A alta incidência de raios deixou as pessoas assustadas. Em alguns bairros, como o São Francisco, houve queda de energia. Veja algumas imagens do estrago causado pela chuva:
Ponto de alagamento na Avenida Beira-mar, próximo à cabeceira da ponte do São FranciscoVista aérea de trecho alagado da Avenida Colares Moreira, no RenascençaCarro foi coberto pela água nas imediações do Curso Wellington, no Renascença IICarro foi coberto pela enxurrada em rua transversal à Avenida Colares MoreiraTrês que estavam estacionados em frente ao Curso Wellington ficaram quase submersos durante o temporalOutra foto aérea de alagamento na Avenida Colares Moreira
Feirante assassinado no São Francisco foi uma das vítimas (Foto: Douglas Jr.)
Coincidência ou não, foi só a Justiça liberar, ontem, 230 presos para a saída temporária da Semana Santa que a violência disparou na região metropolitana de São Luís. Desde que as mais de duas centenas de sentenciados ganharam as ruas para gozar o benefício previsto pela lei penal, nada menos que cinco assassinatos foram registrados na capital. Entre as vítimas estavam uma menina de nove anos e dois comerciantes.
O clima ficou tenso já no momento em que os apenados deixavam o Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Dois homens armados foram detidos pelo Batalhão de Choque quando observavam o movimento no portão do presídio no momento em que os detentos eram liberados. A polícia suspeita que eles estivessem à espreita de um dos presos para executá-lo.
Nas horas seguintes, houve uma sucessão de assassinatos. Dentre as vítimas estavam uma menina de nove anos, vítima de bala perdida na Vila Fialho, um feirante, pai de uma preso morto e decapitado em Pedrinhas ano passado, no São Francisco; e o dono de um depósito de material de construção, executado a tiros no Residencial Paraíso, na área Itaqui-Bacanga, sob a suspeita de vingança. Os outros dois homicídios aconteceram no Jaracati e na Cidade Olímpica.
Não há qualquer dado ou outro elemento técnico que confirme a relação entre a saída temporária de presos e o aumento da criminalidade. Por outro lado, são muitos os exemplos de detentos mortos ou envolvidos em assaltos, assassinatos e outros crimes em pleno período de vigência do benefício. Como agravante, tem o fato de que cerca de 30% dos beneficiados não retornam aos presídios ao fim do prazo da saída temporária e voltam a enveredar pelo mundo do crime.
Daí a necessidade de um estudo mais aprofundado das causas e consequências da violência na capital e demais municípios da região metropolitana.
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