A segurança pública está sendo reforçada na área do Centro Histórico de São Luís. O Comando de Policiamento Metropolitano (CPM) apresentou, nesta quinta-feira (10), o Plano Operacional de Segurança, que será executado pela Companhia de Policiamento Independente de Turismo (CpTur Ind), com a finalidade de prevenir e combater delitos num dos pontos turísticos mais visitados em São Luís.
“Esperamos garantir uma maior fluidez de visitantes nessa área com uma segurança mais intensa, trabalhando para evitar os assaltos, arrombamentos a veículos e outras ocorrências”, declarou o Comandante do CPM, tenente-coronel Marco Antonio Alves.
Ele revelou que, na área do Centro Histórico, têm sido constantes as reclamações, principalmente dos comerciantes, de que o local tem sido invadido por usuários de drogas. “Em breve, será lançado o programa “Crack, é possível vencer”, do Governo Federal, em parceria com órgãos municipais e o apoio da Polícia Militar”, anunciou. O programa vai contar com reforço de câmeras de videomonitoramento, um ônibus e ações para evitar a proliferação das drogas e garantir atendimentos em centros de reabilitação e oportunidades de ressocialização.
O comandante da CpTur Ind, major José Roberto Moreira Filho, explicou que o efetivo empregado na área do Centro Histórico contará duas motocicletas com três policiais, que atuarão no horário de 6h às 11h; duas motocicletas com 3 homens, no horário de 18h às 23h. Além disso, a unidade vai reforçar o patrulhamento a pé nos horários das 7h30 às 19h30, além de viaturas circulando 24 horas pela área.
“Ao todo serão 45 policiais militares fazendo diariamente a ronda na área a pé ou com o apoio de motos e dois veículos. Além disso, fazemos o controle da área através do sistema de videomonitoramento, que possui 22 câmeras em funcionamento”, revelou o major Roberto. Ele disse, ainda, que a CPTur possui um efetivo de 125 policiais militares – 17 recém incorporados do último concurso – responsáveis pela segurança do Centro Histórico, Lagoa da Jansen e Ponta D’Areia.
Ocorrências
O major Roberto apresentou um levantamento das principais ocorrências registradas no Centro Histórico. Os casos mais comuns são roubo, 22 casos desde janeiro; em segundo lugar, os furtos, total de 18; e lesão corporal que também já chegam a 18 casos. “A maioria dos casos não atinge os turistas. Geralmente as vítimas são pessoas da área, um problema causado pelo tráfico de drogas. Estamos concluindo um mapeamento sobre essa situação, mas esperamos parceria de outros órgãos para que atuem na área e mudem a situação”, destacou.
Para os comerciantes, a iniciativa de reforçar o policiamento na área é bem-vinda. Eles esperam que o Plano Operacional supere as necessidades deixadas com a retirada do trailer da PM, um ponto que servia de apoio estratégico no local. “As pessoas estão deixando de circular no Centro Histórico com medo de serem assaltadas”, declarou o comerciante Felipe Vasconcelos. Ele disse que os arrombamentos a casas comercias têm sido constante e as câmeras não inibem a ação dos marginais.
Para a vice-presidente da Feira da Praia Grande, Aradiane Pacheco, o policiamento reforçado é uma alternativa para que a segurança evite a abordagem dos visitantes pelos mendigos da área. “Infelizmente, o que estamos enfrentando aqui não envolve apenas a falta de segurança, pois a polícia está agindo, mas hoje enfrentamos um problema social”, destacou.
Fonte: Secretaria Estadual de Comunicação (Secom)