PM aumenta presença

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Homens da PM em recente operação de combate ao crime na área do São Francisco
Homens da PM em recente operação de combate ao crime na área do São Francisco (Foto: Douglas Jr./O Estado)

A Polícia Militar realiza, a partir deste fim de semana, a Operação Corredor Seguro, com incursões nas áreas de São Luís que registram alto índice de assaltos a ônibus e a estabelecimentos comerciais e roubos a pedestres e a veículos. Um total de 11 pontos da cidade, escolhidos com base em levantamentos estatísticos do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), terão o efetivo policial ampliado, com o intuito de prevenir ações criminosas, de modo a restabelecer a sensação de segurança aos cidadãos que estiverem trabalhando, fazendo compras, se divertindo ou acomodados em seus lares.

A operação conta com efetivos de todas as unidades da região metropolitana (1º, 6º, 8º e 9º batalhões), incluindo as companhias de Turismo e de Policiamento Rodoviário Estadual. O planejamento operacional montado pelo Comando do Policiamento Metropolitano (CPM) inclui as avenidas Daniel de La Touche, Castelo Branco, Holandeses, São Luis Rei de França, Jerônimo de Albuquerque, Guajajaras, João Pessoa, Kennedy, Casemiro Júnior, Africanos e Portugueses.

A operação é mais uma iniciativa que traduz os esforços da PM no combate efetivo à criminalidade na Ilha de São Luís. Desde a ascensão do atual comando, em novembro do ano passado, sucessivas ações foram deflagradas para reprimir a violência, com saldo visivelmente positivo. O reforço do efetivo, com a nomeação de novos policiais aprovados em concurso público, possibilitou à tropa fazer uma melhor cobertura na capital e municípios vizinhos, assim como no interior do estado.

Incomodada com a presença das forças de segurança nas áreas conflagradas, a bandidagem contra-atacou, em um primeiro momento, incendiando ônibus e atirando contra delegacias, com saldo trágico de uma criança morta, o que expôs o Maranhão de forma negativa ao resto do país e até ao exterior. Os atentados foram a gota d’água e resultaram em uma repressão ainda mais dura, que resultou na prisão de líderes de facções criminosas e em sua transferência para um presídio federal.

Em relação ao Complexo Penitenciário de Pedrinhas, de onde partiu a ordem para os ataques, não é possível afirmar que a situação está sob controle. Mas é inegável a redução da violência entre os detentos. Logo após a última rebelião, ocorrida em 17 de dezembro do ano passado, com saldo de quatro mortos, houve reforço da segurança. Homens do Batalhão de Choque ocuparam os presídios e passaram a fazer revistas diárias, com apoio da Força Nacional, apreendendo armas, drogas, celulares e até bebidas alcoólicas. Desde então, todas as tentativas de motim foram contidas, a exemplo da registrada na última quinta-feira, nos presídios São Luís I e II.

Por um certo momento, viveu-se, principalmente na capital, um clima de extrema instabilidade, marcado por episódios que evidenciaram o destemor dos criminosos. A execução de um militar dentro de um trailler da PM, na Vila Nova, bairro da área Itaqui-Bacanga, marcou o auge do pânico. Foi o estopim para a troca de comando da PM e a mudança de filosofia no enfrentamento à violência. Passo a passo, as forças de segurança foram retomando o controle, com prisões diárias. Em meio à repressão, alguns bandidos que ousaram confrontar a polícia tombaram mortos. A sociedade agradece.

Editorial publicado neste sábado em O Estado do Maranhão

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