Política de saúde, não na saúde

O anúncio feito ontem pela nova secretária municipal de Saúde, Helena Dualibe, de que fará uma gestão desvinculada de interesses políticos representa uma esperança em meio ao caos e a ineficiência que marcam a rotina dos hospitais, unidades mistas e postos mantidos pela Prefeitura de São Luís. Se a intenção anunciada pela secretária se confirmar na prática só quem ganhará é a população.
Uma eventual parceria com o governo estadual, por exemplo, seria muito bem vinda. Uma ação conjunta entre Estado e Município já foi tentada na gestão passada, quando Helena Duailibe acumulava os cargos de vice-prefeita e secretária de Saúde, mas esbarrou na intransigência e na mesquinharia política do ex-prefeito João Castelo (PSDB), que vetou a ideia. A aproximação custou caro a Helena, exonerada sumariamente da Semus e relegada ao ostracismo pelo resto do mandato, até se eleger vereadora com expressiva votação.
Ao tomar posse, a secretária disse que fará uma gestão baseada no diálogo e na transparência. A expectativa, portanto, é a melhor política. “Para oferecermos saúde de qualidade precisamos atender os interesses da população e firmar parcerias acima de interesses políticos”, declarou, prometendo conduzir com responsabilidade e empenho o sistema municipal de saúde.
Pela palavras da secretária, a expectativa é a melhor possível. Espera-se, agora, que as diferenças política, muito mais acirradas em ano de eleição, não contrariem o discurso.
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