Política de saúde, não na saúde

Helena ao lado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior: gestão acima da política
Helena ao lado do prefeito Edivaldo Holanda Júnior: gestão acima da política

O anúncio feito ontem pela nova secretária municipal de Saúde, Helena Dualibe, de que fará uma gestão desvinculada de interesses políticos representa uma esperança em meio ao caos e a ineficiência que marcam a rotina dos hospitais, unidades mistas e postos mantidos pela Prefeitura de São Luís. Se a intenção anunciada pela secretária se confirmar na prática só quem ganhará é a população.

Uma eventual parceria com o governo estadual, por exemplo, seria muito bem vinda. Uma ação conjunta entre Estado e Município já foi tentada na gestão passada, quando Helena Duailibe acumulava os cargos de vice-prefeita e secretária de Saúde, mas esbarrou na intransigência e na mesquinharia política do ex-prefeito João Castelo (PSDB), que vetou a ideia. A aproximação custou caro a Helena, exonerada sumariamente da Semus e relegada ao ostracismo pelo resto do mandato, até se eleger vereadora com expressiva votação.

Ao tomar posse, a secretária disse que fará uma gestão baseada no diálogo e na transparência. A expectativa, portanto, é a melhor política. “Para oferecermos saúde de qualidade precisamos atender os interesses da população e firmar parcerias acima de interesses políticos”, declarou, prometendo conduzir com responsabilidade e empenho o sistema municipal de saúde.

Pela palavras da secretária, a expectativa é a melhor possível. Espera-se, agora, que as diferenças política, muito mais acirradas em ano de eleição, não contrariem o discurso.

Marcos Bruno depõe e também se contradiz

O depoimento de Marcos Bruno, acusado de ser o piloto de fuga de Jhonatan, é marcado por contradições, assim como o do pistoleiro
O depoimento de Marcos Bruno, acusado de ser o piloto de fuga de Jhonatan, também é marcado por contradições

Marcos Bruno Silva Oliveira, 29 anos, acusado de ter levado o pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, 25, assassino confesso do jornalista Décio Sá, à Avenida Litorânea para matar o jornalista Décio Sá, começou a ser interrogado pelo Ministério Público por volta das 14h15. O réu alega inocência e nega qualquer envolvimento no caso. A Promotoria afirma que o depoimento é contraditório, assim como o do matador, que foi ouvido pela manhã.

Findado o interrogatório de Marcos Bruno, terão início os debates. Como são dois réus, Ministério Público e defesa terão duas horas e meia, cada uma, para expor suas argumentações. Se for o caso, serão concedidas duas horas para réplica e tréplica.

Em seguida, haverá a formação e a leitura dos quesitos, que ocorrerão ainda no Salão do Júri. Depois, acontecerá a votação, em uma sala secreta, quando sairá a decisão quanto à culpabilidades dos réus.

Por último, o juiz Osmar Gomes, que preside o júri, lavrará a sentença e fará a leitura do veredicto em plenário.

Pistoleiro tenta inocentar Júnior Bolinha, mas se contradiz

O pistoleiro Jhonatan diante do juiz Osmar Gomes, que preside o júri, e dos três promotores
O pistoleiro Jhonatan diante do juiz Osmar Gomes, que preside o júri, e dos três promotores que atuam no caso

O pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, 25 anos, tentou inocentar o empresário Raimundo Sales Chaves Júnior, o Júnior Bolinha, ao ser interrogado pelos três promotores que participam do seu julgamento e de Marcos Bruno Silva de Oliveira, 29, pelo assassinato do jornalista Décio Sá. Em depoimento prestado à polícia, durante o inquérito, ele afirmou que Bolinha o teria o contratado por R$ 100 mil para matar Décio, mas hoje mudou a versão, acusando, dessa vez, o homem identificado apenas como Neguinho, que jamais foi preso pelo crime.

Jhonatan disse que aceitou matar o jornalista porque havia acabado de sair da cadeia e precisava de dinheiro para sustentar a família. Minutos depois, entrou em contradição, após uma pergunta feita pelo promotor Rodolfo Soares dos Reis. Ao responder ao questionamento, o assassino disse que bancou do próprio bolso a viagem a Teresina, onde matou o empresário Fábio Brasil, e sua estadia em São Luís nos dias que antecederam a execução de Décio.

Além de tentar livrar Júnior Bolinha da culpa, o pistoleiro negou que tenha sido Marcos Bruno o piloto da moto que o levou ao local do crime e depois lhe deu fuga. E acusou Neguinho de tê-lo transportado antes e depois do assassinato.

Júri concorrido

Um público formado por advogados, estudantes de Direito, representantes de entidades de classe e cidadãos com interesse no assunto, acompanham o julgamento neste momento. O espaço, com capacidade para 200 pessoas, está completamente lotado. A imprensa também acompanha o caso atentamente. Repórteres de diversos veículos locais e correspondentes da imprensa nacional vêm desempenhando importante papel na divulgação do julgamento.

A previsão do juiz Osmar Gomes é que o julgamento seja concluído ainda hoje. O três promotores já adiantaram que pedirão pena máxima (30 anos) para os dois réus.

Com informações da Corregedoria Geral de Justiça

Assassino confesso de Décio Sá começa a ser interrogado

Jhonatan de Sousa Silva está sendo ouvido pelos três promotores que representam o MP no caso
Jhonatan de Sousa Silva está sendo ouvido pelos três promotores que representam o Ministério Público no caso

O pistoleiro Jhonatan de Sousa Silva, 25 anos, assassino confesso do jornalista Décio Sá, começou a depor por volta das 9h desta terça-feira, segundo dia do seu julgamento e de Marcos Bruno Silva de Oliveira, 29, acusado de ter pilotado a motocicleta que levou o matador ao local do crime. Jhonatan está sendo interrogado pelos promotores Benedito Coroba, Haroldo Soares e Rodolfo Soares, que representam o Ministério Público no júri.

Ontem, o advogado Pedro Jarbas, responsável pela defesa de Jhonatan, adiantou que sua estratégia será tão somente buscar atenuantes, a fim de reduzir a pena do seu cliente, já que ele é réu confesso. A previsão do juiz Osmar Gomes, que preside o julgamento, é que a sentença seja lida ainda hoje.

O assassinato de Décio Sá, que além de repórter da editoria de Política do jornal O Estado do Maranhão mantinha um dos blogs jornalísticos mais acessados do estado, ocorreu na noite de 23 de abril de 2012, em um bar da Avenida Litorânea.

Além de Jhonatan e Marcos Bruno, outras nove pessoas foram pronunciadas a júri pelo crime. Ainda não foram definidas as datas em que os demais acusados sentarão no banco dos réus.

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