Não foi nem de longe um fim melancólico, mas o Sampaio Corrêa poderia ter tido melhor sorte na decisão da Série C, contra o Santa Cruz. Não foram os gols de Dedé e Flávio Caça Rato que sacramentaram a vitória dos pernambucanos, mas sim as falhas clamorosas do goleiro Rodrigo Ramos e do zagueiro Robinho que deram ao adversário a chance de abrir e depois ampliar o placar. O Tricolor saiu de cabeça erguida, porém, ficou a sensação de que era possível um outro desfecho.

Apontar culpados, como muitos torcedores e parte da crônica esportiva vêm fazendo desde o apito final, é natural. Ainda mais diante da frustração de perder o título para um rival que não demostrou ser superior ao Sampaio. Tanto que quando precisou, o Tricolor chegou com certa desenvoltura ao ataque, até marcar um gol.

Por outro lado, é preciso aceitar que erros acontecem e reconhecer o empenho de todos os atletas do início ao fim da competição. As falhas, portanto, foram lances isolados. No geral, Rodrigo Ramos e Robinho são jogadores de alto nível e que muito ajudaram o Sampaio a chegar onde está.

O jogo de ontem foi decidido em detalhes. Pior para o Sampaio que tais detalhes tenham sido justamente as falhas de Rodrigo Ramos, ao rebater um chute de longa distância de Luciano Sorriso nos pés de Dedé, e de Robinho, que não conseguiu interceptar o passe que deixou Caça Rato em condições de ampliar o marcador. Quanto mais se revê os dois lances mais se percebe o quanto os dois gols poderiam ter sido evitados.