Concordo plenamente com o comandante do Policiamento Metropolitano, coronel João Nepomuceno, que vem defendendo publicamente o fim da Romaria dos Motoqueiros. Realizado, a princípio, em agradecimento a São José de Ribamar pela recuperação de um motociclista acidentado, o cortejo hoje registra inúmeras violações à lei. As mais comuns são uso de álcool e drogas por participantes, manobras arriscadas e transporte de três ou mais pessoas em motos.
Alguns chegam ao cúmulo da transgressão ao trafegar com pessoas, a maioria mulheres, sentadas sobre o tanque das motocicletas, de frente para o piloto. Além de arriscar a própria vida, muitos adeptos atormentam a comunidade, já que produzem um ruído insuportável ao retirar o silenciador, peça acoplada ao cano de descarga da moto.
A Romaria dos Motoqueiros completou este ano sua 28ª edição. Foi, provavelmente, a última, se depender da Polícia Militar, da Igreja Católica e da maioria da população.
Gostaria novamente de externar minha indignação contra esta romaria e ela deveria sim terminar. De católica e religiosa não tem nada, há muito tempo deixou de ser romaria em sua essência e em seu sentido amplo e verdadeiro, que deveria ser uma peregrinação de pessoas religiosas que agradecem, pagam promessas ou pedem graças, deixou de ser devoção e passou a ser aberração. Sou católico praticante, coordenador de pastoral e tenha propriedade também para falar pois organizo romarias e procissões religiosas que é a de N. Sra da Conceição do Monte Castelo, por sinal até maior e com exemplo verdadeiro de fé e devoção, do que esta loucura que estamos vendo a cada ano em Ribamar e também no Cohatrac. Está na hora sim de terminar esta loucura e começar a ter um festejo 100% religioso, de oração, fé e devoção. A cada ano estes dois festejos deixam promover e são convenientes ao uso excessivo de álcool e outras drogas que são consumidas livremente em suas procissões e romarias, causando acidente, mal estar, indignação e nos deixam envergonhados. Está na hora da arquidiocese de São Luis, intervir neste festejo de Ribamar e no do Cohatrac, pois o povo quer aproximação de Deus pelas missas, orações e devoções, o restante não serve para nada. Aprendemos isso e hoje não queremos mais ter um jornal e diversos blogs estampando em sua manchete os abusos e as imprudências em todas as suas formas. Estamos no ano da fé e tivemos neste ano mais um exemplo de fé e carisma na pessoa do nosso Papa Francisco que veio nos ensinar através de palavras e ações como devemos ser Igreja nos dias de hoje. Por isso ou colocamos em prática o que realmente a igreja católica se propõe a fazer ou a cada dia veremos as pessoas se distanciarem dela, pois esta não consegue mais distanciar o profano do religioso.