São 401 anos, São Luís

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Do Blog de Ricardo Fonseca

401Neste domingo (8), São Luís (MA) de tantos codinomes completa 401 anos. De Upaon-Açú a Jamaica Brasileira, de Ilha do Amor a Atenas Brasileira, essa é a São Luís da Rua do Giz.

Da Rua do Sol, dos Afogados, da Estrela, da Palma, da Paz e quem sabe até da Alma. Essa é a capital do Maranhão, minha terra, meu rincão, minha paixão.

De poetas ilustres, de casarios coloniais é a única capital brasileira que não nasceu Lusitana. Afinal foi o bravo Daniel de La Touche, Senhor de La Ravardiére que lutou arduamente para fundar estas terras.

Da marrom, do baleiro, de Montello e de Mondego. A ilha magnética do Nascimento ainda tem aquela serpente adormecida, que  assustava até a mais atrevida cavalaria de malvada Ana Jansen.

E como não falar da ilha rebelde sem lembrar da Professora Maria Aragão e da fitoterápica Terezinha Rego do meu coração? Como é grande o nosso povo , o nosso chão.

Na Praia Grande se encontra o maior sítio de azulejos da América Latina, uma rica lembrança deixada pelos portugueses. No desterro tem a igreja de uma  torre só, com seus mistérios e a linda arquitetura que dá até dó.

Hibiscus, Coqueiro, Tia Maria, Xique-Xique e Trapiche,  alimentavam os nobres com as suas mais diversas iguarias e os verdadeiros pratos típicos da ilha. E eram muitos : Arroz-de-Cuxá, Arroz de Batipuru, Torta-de-camarão, pirão, pacú.

“Urrou, Urrou , Urrou , Urrou,  meu novilho brasileiro que a natureza criou”, canta a toada do Bumba-meu-boi. O tambor faz a Crioula dançar, da casa de mina ao bangalô da dona Sinhá.

E vamos falar dos Ribamás , dos velhos pregoeiros acordando o centro velho, com seus gritos anunciando as mercadorias. Coisas que não se vê mais todos os dias.

Acho que não faltou nada, nem a cola Geneve e nem o guaraná Jesus, tem gente que se atreve a visitar os lugares credo-em-cruz. Estou falando do parque da saudade quando ainda se apagava a Luz.

Na 28 a moçada desmoçava, já na Madre Deus, ela cai é na gandaia e por aí vai a piada junta. Do Beco-da-Bosta ou aquele do Quebra-Bunda. Quanta criatividade imunda. Por isso que aqui se diz que babaçú abunda, mas lá é no boqueirão que os barcos afundam.

São Luís é o que se diz, uma cidade bendiz, que cresce  a cada dia com seu povo feliz.

Viva a minha, a tua a nossa São Luís.

Ricardo Fonseca é publicitário divulgador das causas midiáticas e maranhense de coração

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