Torço para o Sampaio Corrêa desde os 9 anos de idade, quando fui levado pela primeira vez pelo meu querido tio José Antônio Matos ao Castelão para ver o time jogar. Era uma decisão de Campeonato Maranhense, na qual a Bolívia Querida conquistou o terceiro de uma série de cinco títulos consecutivos, entre 1984 e 1988. Vinte e sete anos depois, período em que vibrei e sofri inúmeras vezes pelo Sampaio, aqui estou eu, atuando como jornalista, e sendo acusado, até mesmo por colegas da imprensa, de publicar notícias com o intuito de desestabilizar justamente o meu clube do coração. Nada mais injusto e fora de propósito, pois em 15 anos de ofício aprendi a separar muito bem paixão e profissão.

Refiro-me à informação postada neste blog, na última segunda-feira, revelando o interesse do Botafogo em contratar o atacante Pimentinha (leia post abaixo), principal destaque na excelente campanha que o Tricolor vem fazendo no Campeonato Brasileiro da Série C, da qual sou testemunha, pois tenho assistido a todos os jogos no Castelão.

Diante da ampla repercussão, reafirmo que a notícia veio de fonte segura, com vínculo estreitíssimo com a alta cúpula do Sampaio. Mas é óbvio que o presidente Sérgio Frota iria negar, pois reconheço que tal divulgação causa certo impacto à equipe, particularmente ao atleta. Entendo que a função de um dirigente esportivo é preservar seu time de fatores que possam causar instabilidade. Da mesma forma, defendo que qualquer jornalista exerça seu direito de informar sem interferências externas.

Quase três décadas se passaram e continuo acompanhando o Sampaio, algumas vezes ao lado do mesmo tio José Antônio Matos que me apresentou ao time. Mas, se antes o olhar era apenas de torcedor apaixonado, hoje a visão também é de repórter comprometido com a notícia e que não teme contrariar interesses.