Pobres são os mais condenados por tráfico em São Luís, revela juiz

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Juiz Itaércio Paulino (de terno cinza) preside mais uma sessão da 1ª Vara de Entorpecentes
Juiz Itaércio Paulino (de terno cinza) preside mais uma sessão da 1ª Vara de Entorpecentes de São Luís

A maioria dos processos judiciais por comércio de drogas em tramitação em São Luís tem como réus indivíduos oriundos das classes sociais de menor poder aquisitivo. A informação, divulgada pelo juiz titular da 1ª Vara de Entorpecentes da capital, Itaércio Paulino da Silva,  reforça a constatação de que apenas os pequenos traficantes vão para a cadeia, enquanto os chefões do tráfico, que têm acesso aos melhores advogados e aos favores da lei, agem livremente, sob o manto da impunidade.

Em janeiro de 2012 havia 1.200 processos na 1ª Vara. Outras 329 ações deram entrada este ano. Entre os réus predominavam pequenos traficantes, presos em bairros da periferia da capital, com algumas dezenas de gramas de drogas, principalmente crack.

O volume processual excessivo gerado pelo tráfico de drogas levou o Poder Judiciário a criar a 2ª Vara de Entorpecentes da capital, que absorveu metade da demanda.

Desempenho

Itaércio comemora o bom resultado apresentado pela 1ª Vara de Entorpecentes, que julgou 90% dos processos entre janeiro do ano passado até o início deste mês. Ele informa que atualmente há 148 ações em tramitação na unidade jurisdicional, todas da esfera criminal. Os processos referem-se a pedidos de liberdade, restituição de bens apreendidos, revogação de prisão preventiva, dentre outros.

Há ainda 125 processos suspensos e outros 151 no arquivo provisório pelo fato de os réus estarem foragidos.

Com informações da Corregedoria Geral de Justiça

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