Uma página criada no Facebook com o título “Black Bloc MA” incita atos de vandalismo em São Luís e no resto do Maranhão, a exemplo dos que vêm ocorrendo nas últimas semanas no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde grupos de baderneiros vem depredando agências bancárias e outros prédios públicos e privados. O perfil maranhense já conta com pelo menos dois membros e outras 144 pessoas já curtiram a página.

A expressão “Black Bloc” (bloco negro, em português) designa uma estratégia de manifestação e protesto anarquista, na qual grupos de afinidade mascarados e vestidos de preto se reúnem com objetivo de protestar em manifestações anti-globalização e/ou anti-capitalistas.

Na capital paulista, os “Black Blocs” depredaram duas agências bancárias, tentaram invadir uma drogaria e já preparavam uma investida contra a sede da prefeitura, que foi cercada por grades pela polícia. A barbárie foi um ato de apoio pelo desaparecimento, dia 14 de julho, do ajudante de pedreiro Amarildo Souza, que teria sido vítima de violência policial. No Rio, os ativistas invadiram a sede da Câmara Municipal, mas foram expulsos pela polícia com o uso de bombas de efeito moral.

Para aumentar sua visibilidade, os vândalos tentam arregimentar adeptos em outras unidades da Federação, como Alagoas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Mato Grosso, Minas Gerais, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e agora o Maranhão. As ideias dos “Black Blocs” são disseminadas via redes sociais, principalmente o Facebook, onde já existem várias páginas temáticas.

Seria apropriado às autoridades agir preventivamente, rechaçando a tentativa de instalar o caos em São Luís e em outras cidades do Maranhão, com consequencias imprevisíveis.

As manifestações democráticas, desde que pautadas pela legalidade, são bem acolhidas pela população. Por outro lado, os atos de selvageria cometidos por pessoas que se escondem por trás de máscaras são condenáveis sob todos os aspectos,  É preciso, então, cortar o mal pela raiz.