Se era para passar alguma mensagem de protesto, essa já foi transmitida. A continuidade das manifestações populares é um excesso que deve ser, sim, reprimido, sem uso de força excessiva, mas com autoridade. A própria opinião pública está vendo dessa forma, pois já percebeu que agora quem dá o tom às mobilizações são grupos oportunistas, inclusive alguns ligados a políticos.
A Câmara de Dirigentes Lojistas de São Luís (CDL) divulgou hoje que a série de atos públicos já causou perdas de 5% a 8% no comércio de São Luís, principalmente no Centro, Renascença e entorno. Portanto, as manifestações quase diárias já começam a prejudicar a economia do estado, o que pode resultar em demissões e queda na arrecadação de impostos.
Não questiono o propósito dos protestos. A bandeira de luta é mais do que justa. Me oponho à continuidade, que gera desgaste, como qualquer coisa deste mundo que se faça em excesso. Acho que já deu.
Além do mais, algumas informações propagadas pelos manifestantes são falsas, como essa história de o governo estar bancando São João no Rio de Janeiro. Estou longe de ser governista, mas a Secretaria Estadual de Comunicação (Secom) divulgou nota semana passada negando veementemente tal patrocínio.
Sendo assim, a disseminação desse e de outros factoides só reforça o quanto o oportunismo vem predominando nas ruas nestes dias de revolta incontida.