
O Parque do Bom Menino precisa, urgentemente, de atenção redobrada da Prefeitura de São Luís e da Secretaria de Segurança Pública. Maior espaço de lazer a céu aberto da capital maranhense, o parque, aos poucos, vai se tornando um ambiente inóspito por causa da violência perpetrada em sua vasta área. O caso mais recente foi o confronto de duas gangues rivais, na última quinta-feira, que deixou em pânico servidores municipais e comerciantes que ali trabalham e principalmente pessoas que praticavam atividades esportivas, de lazer ou simplesmente buscavam contato mais próximo com a natureza.
Felizmente, a polícia agiu rápido, a tempo de evitar uma tragédia, já que foram efetuados alguns disparos de arma de fogo. O confronto foi uma pequena amostra do clima de intranquilidade que marca o dia a dia do Parque do Bom Menino, desvirtuando a finalidade daquele ambiente, que é proporcionar bem estar a quem o frequenta. Se nenhuma providência for tomada de imediato, há o risco de o público minguar, até que o local se transforme em verdadeiro deserto em pleno Centro da cidade. E o que é pior: vire antro exclusivo de marginais.
É preciso reformular a estrutura de segurança do Parque do Bom Menino, pois já está provado que apenas homens da Guarda Municipal e vigilantes terceirizados não são suficientes para reprimir as investidas de bandidos no local, entre os quais muitos adolescentes infratores. Seria salutar uma parceria entre a Prefeitura e Governo do Estado, de modo a permitir que a Polícia Militar atue de forma mais efetiva no espaço, e não apenas realize rondas periódicas, como ocorre atualmente.
No caso específico do confronto entre gangues, trata-se de um caso de polícia dos mais graves. Daí a necessidade de uma operação de caráter preventivo e repressivo das forças de segurança pública, que resulte na expulsão definitiva desses meliantes do Parque do Bom Menino. Só assim será restabelecida a tranquilidade há muito perdida, fazendo valer a autoridade do poder público e o direito dos cidadãos de buscar satisfação física e mental.
A negligência marca o tratamento dispensado ao Parque do Bom Menino pelas sucessivas administrações municipais. Na gestão passada, o espaço passou por uma controvertida reforma, que consumiu R$ 1,9 milhão em recursos públicos. Com prazo de conclusão fixado inicialmente em quatro meses, a obra se arrastou por mais de um ano, sem que fossem realizadas as melhorias esperadas pela população. Hoje, a estrutura se desgasta a olhos vistos, em meio à falta de manutenção e a atos de vandalismo cometidos por malfeitores que frequentam o ambiente com o único propósito de denegri-lo.
Ainda é possível salvar o Parque Bom Menino, que se destaca pelo verde e pela calmaria que inspira em meio à movimentação frenética registrada no Centro. Por ser um bem precioso, que resiste às alterações urbanísticas verificadas ao longo do tempo, o local deve ser preservado em todos os sentidos. Desde a exuberante flora à capacidade de proporcionar bem-estar aos frequentadores.
Editorial publicado neste sábado em O Estado do Maranhão
Foto: Douglas Jr./O Estado do Maranhão
entao a solucao e colocar a pm la se na tem pm nem pra te dar seguranca
tu axa que a pm vai te ou nos dar alguma “segurança” isso mesmo segurança entre aspas se tu nao tem segurança na cidade alguem vai se sentir seguro em um parque. me compre um bode rapa.