Pessoas que tentaram, sem sucesso, assistir à peça “Simplesmente eu”, da escritora Clarice Lispector, que marcou, ontem à noite, a abertura da Semana Maranhense de Teatro, reclamaram do tumulto na entrada do Arthur Azevedo. Centenas de pessoas ficaram de fora do espetáculo, já que a fila para ter acesso ao teatro chegava à Rua da Paz.

Em meio ao empurra-empurra, uma sonora vaia ecoou no local, dirigida aos organizadores do evento. Segue o relato de Valdimar Viana, um dos espectadores que ficaram de fora da peça:

Gostaria de registrar a falta de respeito com o público que se dirigiu nesta segunda-feira (08.04) ao Teatro Arthur Azevedo na tentativa de apreciar a consagrada peça “Simplesmente, eu”, da escritora Clarice Lispector, tendo como intérprete a atriz Beth Goulart.

A noite deveria ser especial e inesquecível, uma vez que marcaria oficialmente a abertura das atividades da Semana de Teatro. Entretanto, fatos lamentáveis ocorreram.

Houve tumulto na entrada, com completa desorganização e descaso numa fila gigantesca até a Rua da Paz. Entre empurrões, tapas e sonoras vaias ecoando o grito de “Abre, abre, …”, as pessoas que ali se encontravam, dispersavam-se, inclusive quem vos informa, demonstrando indignação e revolta com tamanha confusão.

Conforme veiculado na mídia, a entrada era franca e o público deveria comparecer com 01 (uma) hora de antecedência ao espetáculo, previsto para iniciar às 20h, Nenhum funcionário ou membro da direção do teatro se apresentou para restabelecer o mínimo de ordem.

A tentativa de popularizar o teatro é válida, mas a garantia na excelência em eventos culturais e afins deve ser bem planejada pela produção local. A sugestão poderia ser a cobrança simbólica de preços reduzidos. Com certeza pelo que se constatou ontem, muitos ficaram sem adentrar ao teatro. A capacidade é limitada. Não houve logística!!