As primeiras consequências do descaso para com o Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) começaram a aparecer, ante o abandono dos dois vagões em uma área do Aterro do Bacanga nos fundos do Terminal de Integração da Praia Grande. A parte frontal da locomotiva foi pichada recentemente, resultado da negligência para com o dinheiro do contribuinte. Comprado na gestão passada e anunciado pelo ex-prefeito João Castelo (PSDB) como solução para boa parte dos problemas do transporte público de São Luís, o VLT está sendo depredado, violando a norma que determina zelo máximo ao patrimônio público.
As composições não vêm merecendo a atenção devida da atual administração, embora tenham custado uma fortuna aos cofres públicos municipais. Os dois vagões foram comprados por R$ 7 milhões, valor pago integralmente à empresa fornecedora, sediada no interior do Ceará, mas continuam sem utilidade, expostos ao calor e à chuva. Exibido, inicialmente, como propaganda política por Castelo, o equipamento virou uma espécie de sucata de luxo com a derrota deste e a ascensão de Edivaldo Holanda Jr. ao poder.
Não bastasse estar em uma área isolada, o VLT deixou de contar com vigilância, algo essencial para protegê-lo da ação de vândalos. Tamanho desleixo acabou estimulando a depredação, perpetrada, provavelmente, por um membro de uma gangue, em razão do estilo peculiar das letras que formam a pichação. Se a prefeitura não tomar uma providência imediata, fatalmente ocorrerão novos danos, com gravidade cada vez maior.
O vandalismo contra o VLT é um acinte ao patrimônio coletivo. E por que não dizer um atentando à moralidade pública, ante o desprezo das autoridades municipais à situação de extrema penúria do transporte de massa na capital? Ao ignorar os alertas e cobranças dos cidadãos, Holanda Jr. e a secretária municipal de Trânsito e Transporte, Myriam Aguiar, criaram para si uma situação inexplicável, que lhes causará enorme embaraço, com reflexo negativo no conceito de ambos perante a população.
É inadmissível que um recurso tão expressivo como o que foi aplicado na compra do VLT se perca em meio ao imobilismo. Deixar de utilizá-lo ante a extrema necessidade dos ludovicenses por transporte de qualidade é um atestado de incompetência. Mais ainda, trata-se uma prova de irresponsabilidade, que deve ser punida com o maior rigor pela Justiça e pelos demais órgãos fiscalizadores.
O prefeito deve logo vir a público explicar que destino dará ao VLT. Sob pena de ter sua imagem manchada irremediavelmente. Se há um estudo para utilização do veículo, que este seja finalizado com brevidade. O que não pode é manter-se em silêncio, enquanto os dois vagões sucumbem aos efeitos do tempo e ao vandalismo, para desgosto da população.
Editorial publicado nesta terça-feira em O Estado do Maranhão
QUAL O PIOR???VANDALISMO(POVO),A CULPA DO SALITRE(NATUREZA),O VERDADEIRO VANDALISMO DE QUEM TROUXE O VLT E DEIXOU JOGADO???
Daniel, você já tentou arrumar a “casa da mãe joana” sozinho, após uma noitada???? Castelo deixou a cidade um caos. Pois é! Agora, meu caro, parece que pra você Edivaldo é culpado desse “elefantão” tá jogado as moscas… Faz um post assim: SOLUÇÕES PARA O VLT. Coisas viáveis, praticas, rápidas, viu? Porque ninguém falou nada quando Castelo fez e aconteceu, trouxe esse VLT sem estudo, projeto…???? Estranho, né??? Criticar é muito fácil, meu nobre! Para com isso!!!