Prefeitura entrega alimentos com validade vencida a desabrigados

Desabrigada exibe saco de feijão com prazo de validade vendido em fevereiro deste ano; vários outros gêneros alimentícios estão na mesma situação
Desabrigado exibe sacos de arroz e feijão doados pelo Município com prazo de validade vencido em fevereiro deste ano

Moradores do residencial Apaco, na área da Cidade Operária, que tiveram suas casas destruídas pela forte chuva que caiu em São Luís dia 12 de fevereiro denunciam que estão vivendo em situação precária, sob tendas armadas pela Defesa Civil municipal. A queixa mais grave é quanto a doação de alimentos com validade vencida pela Prefeitura de São Luís

Segundo os desabrigados e voluntários que lhes têm prestado auxílio, gêneros como arroz, feijão e açúcar não estão apropriados para consumo e sua ingestão pode causar danos à saúde. Para comprovar a denúncia, um morador apanhou em sua tenda um saco de de 1 kg arroz e outro com um 1 kg de feijão, ambos fora do prazo de validade (foto).

A situação despertou a atenção de ativistas dos direitos humanos, que já estão se mobilizando, não só para ajudar, como para expor a situação de maneira maciça, em nível nacional e internacional.

Com mínimos recursos e um pouco de boa vontade, a administração municipal poderia pôr fim ao drama das famílias da Apaco. Porém, a omissão pode custar caro.

Foto: Diego Chaves

CNJ cobra providências contra superlotação e tortura na CCPJ do Anil

CCPJ do Anil registra casos de tortura e está superlotada
CCPJ do Anil registra casos de tortura e está superlotada, segundo relata o CNJ

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) enviou ofício à governadora do Maranhão, Roseana Sarney, à Procuradoria-Geral de Justiça do Estado e à Procuradoria Regional da República cobrando providências contra uma série de irregularidades verificadas na Central de Custódia de Presos de Justiça do Anil (CCPJ do Anil), bairro de São Luís. A unidade prisional, superlotada e com péssimas condições de higiene, é alvo de denúncias de tortura e outras formas de maus tratos a detentos.

O ofício foi encaminhado pela coordenação do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas (DMF/CNJ). No documento, o departamento informa que os problemas persistem mesmo depois do Termo de Ajustamento de Conduta firmado em 24 de agosto de 2011, entre a Secretaria da Justiça e da Administração Penitenciária do Estado do Maranhão, o Ministério Público do Maranhão e a Defensoria Pública do Estado do Maranhão.

Pelo Termo de Ajuste, as instituições se comprometeram a sanar irregularidades constatadas durante inspeção do Conselho Estadual de Defesa dos Direitos Humanos do Maranhão, realizada em 23 de março de 2011. A vistoria identificou graves problemas que violam a dignidade dos detentos e prejudicam sua reinserção social. Havia, por exemplo, internos baleados e torturados, que apontaram agentes penitenciários, supostamente drogados e alcoolizados, como autores das agressões.

O Conselho de Direitos Humanos constatou também que muitos presos, por falta de espaço, eram obrigados a dormir no banheiro. À época da inspeção, a unidade abrigada 238 internos, quase o triplo de sua capacidade, de 85 vagas. Também foram alvos de reclamação o fornecimento de comida azeda, infiltrações e goteiras nas celas.

A Coordenação do DMF decidiu enviar o ofício às autoridades maranhenses ao tomar conhecimento, por meio do Juízo da 1ª Vara de Execução Penal da Comarca de São Luís, que a situação degradante dos detentos do CCPJ continua praticamente a mesma, sem o cumprimento do Termo de Ajuste de Conduta assinado em agosto de 2011.

Fonte: Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

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