A infeliz declaração do vice-prefeito eleito de São Luís, Roberto Rocha, que, em em entrevista ao jornal O Estado, sinalizou positivamente para um possível aumento da tarifa de ônibus, caiu como uma bomba no sistema. Após a trapalhada de Rocha, representantes dos empresários, dos trabalhadores e até dos usuários de transporte público passaram a denunciar com mais ênfase a precariedade do serviço, o que pode desencadear, até mesmo, uma nova paralisação.
A manifestação de Roberto Rocha colocou ainda mais lenha em uma fogueira que há muito tempo arde, sem que nenhuma autoridade tenha demonstrado disposição e muito menos competência para apagá-la. O resultado de tanta omissão é um quadro de pré-falência, segundo alega o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (SET).
Na esteira do que disse Rocha, o presidente do SET, José Luís Medeiros, antecipou que as empresas não terão condições de pagar o 13º salário de motoristas, cobradores e fiscais, argumentando que o aumento do preço de insumos como combustível e pneus comprometeu seriamente as finanças do setor. Apesar da alegada crise, Medeiros se posiciona contra o aumento de passagens, afirmando que melhor seria adotar de forma eficiente o Bilhete Único e extinguir linhas com pouca utilidade, criadas, segundo ele, pelo critério do apadrinhamento político.
Já o presidente da Associação dos Usuários de Transporte Coletivo de São Luís, Antônio Sales, vai mais longe ao condenar um possível realinhamento tarifário, eufemismo utilizado pelos que defendem o aumento de passagem. Ele não só se manifesta contra o reajuste, como sugere ao prefeito eleito que olhe para a situação dos cidadãos que precisam do serviço, obrigados a viajar em ônibus superlotados, malconservados e que muitas vezes colocam sua vida em risco pendurados nas portas dos coletivos. Para Sales, a majoração comprometeria ainda mais a já defasada renda dos cidadãos.
Ao tomar conhecimento da possibilidade de os trabalhadores ficarem sem o 13º, o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Dorival Silva, anunciou que na próxima semana comunicará oficialmente a situação ao Ministério Público. Ele adiantou que se a ameaça for concretizada, o sistema de transporte será paralisado em 21 dezembro, um dia depois do prazo-limite previsto na legislação trabalhista para o pagamento do abono e às vésperas do Natal.
A declaração de Roberto Rocha e seus desdobramentos deixaram o sistema de transporte em estado de alerta. O quadro se agrava com a apatia da gestão do prefeito João Castelo, que após perder a reeleição, parece ter se eximido de qualquer compromisso com a cidade. Em meio ao vácuo administrativo, caberá aos sindicatos dos empresários, dos trabalhadores e ao Ministério Público negociarem uma solução que afaste o risco de colapso, pois, no momento, o clima é de caos anunciado.
A passagem tem que aumentar, e o serviço melhorar na mesma proporção. Agora chega a ser tosco continuar dando destaque pra esse assunto. Esse jornalismo barato de grupos políticos passou dos limites racionais. Mirante de bosta!
Resposta:reação típica de quem tem interesses contrariados.
Pior que não meu caro…. Eu não trabalho com política, sou apartidário.
Infelizmente no meio de tudo isso quem acaba pagando é a população de São Luis que só tem esse meio de transporte. vejo todos os dias na parada em que espero o ônibus da empresa em que eu trabalho, Na avenida Presidente José Sarney no São Cristovão, ônibus como o São Raimundo, Santa Barbara, cajupari, Santa Maria, Tajaçuaba Passarem lotados e muitas pessoas na parada aguardando algum ônibus que venha vazio ou meio cheio. isso não muda, ninguém resolve entra ano e sai ano é a mesma coisa.