As ruas do Centro Histórico de São Luís são hoje o ambiente favorito de viciados para o consumo do crack. O prédio onde funcionou a antiga fábrica da Oleama, no Desterro, costuma reunir grupos de usuários de drogas, principalmente à noite, como denuncia a foto de Douglas Jr. (O Estado do Maranhão). O tráfico também corre solto na área, sem que haja uma repressão efetiva das forças policiais.
Cada vez mais presente na capital maranhense, o crack atrai um número crescente de adeptos todos os dias, para desespero das famílias que vivem a desgraça de ter um dos seus membros mergulhados no vício.
Diante da verdadeira epidemia da droga, já passou da hora de as autoridades se mobilizarem para expurgar essa praga social.
O movimento nas praias de São Luís voltou ao normal depois de quase sete meses em que praticamente toda a orla marítima esteve interditada devido ao despejo criminoso de esgoto in natura diretamente no mar. A constatação pode ser feita logo no dia seguinte ao anúncio da liberação das águas para banho, que, oportunamente, era feriado e véspera de fim de semana. Nos três dias de folga, milhares de pessoas voltaram a desfrutar integralmente uma de suas principais opções de lazer.
De volta à normalidade, as praias retomam sua condição de polo atrativo para o turismo e têm restabelecida sua característica de importante nicho econômico. Com faturamento comprometido durante a interdição, bares, restaurantes, hotéis e outros estabelecimentos instalados ao longo da orla foram obrigados a cortar gastos, o que implicou expressivo número de demissões. Agora, com a liberação, a expectativa é de novo aquecimento, com a reposição dos postos de trabalho perdidos e o retorno dos investimentos ora paralisados.
O clima nas praias no fim de semana prolongado foi de visível descontração. Até mesmo o secretário de Estado de Saúde, Ricardo Murad, que na tarde anterior havia dado a boa notícia da liberação da orla, resolveu tomar banho de mar sexta-feira, Dia da Criança, na companhia das duas netas. O gesto acabou estimulando os demais cidadãos a buscar diversão no litoral da Ilha, que voltou a exibir cenas que há muito não se via.
Resta agora às autoridades se empenhar para que o episódio lamentável da interdição não mais se repita e volte a privar a população do prazer à beira-mar. A experiência foi extremamente negativa, com grave risco de danos à saúde dos cidadãos, perdas financeiras e prejuízo incalculável à imagem de São Luís no resto do país e no exterior. Definitivamente, um episódio que deve ser esquecido.
Autor da ação civil que levou a Justiça Federal a determinar a instalação de placas de alerta sobre as más condições das praias de São Luís, o Ministério Público Federal deve manter-se vigilante, de modo a evitar o retrocesso. Da mesma forma, a população precisa ficar atenta à poluição da orla, e denunciar, quando for o caso. Só assim a sociedade terá a garantia de que o litoral é um lugar seguro e propício à diversão.
Em pleno aniversário de 400 anos, a capital do Maranhão passou pelo constrangimento de ter suas praias condenadas, após décadas de descaso. Transformada em ambiente inóspito, a orla marítima de São Luís passou a exibir um triste cenário. Felizmente, o encanto está de volta, e deve ser preservado.
O Sampaio Corrêa empatou hoje em 1 x 1 com o Crac, no estádio da Fonseca, em Catalão (GO), e disputará a partida final do Campeonato Brasileiro da Série D, no próximo domingo, com a vantagem de poder empatar sem gols. Caso o placar do jogo de ida se repita, o título será decidido nos pênaltis. Quem vencer, por qualquer marcador, será o campeão.
O Sampaio abriu o placar ainda no primeiro tempo, com Cletinho, que após jogada de Pimentinha, dominou na área e acertou o ângulo do goleiro Dudu. Antes, o Tricolor chegou a perder um pênalti, com Célio Codó. O atacante chutou fraco, no meio do gol, e foi substituído por Wescley no intervalo.
O Crac empatou minutos depois, com um chute forte do lateral direito Guerra, de fora da área. O primeiro tempo teve ainda duas expulsões. O primeiro a receber o cartão vermelho foi o zagueiro Zé Neto, após cometer falta em Pimentinha, originando o pênalti, desperdiçado por Codó. Pouco depois, foi a vez do lateral-esquerdo do Sampaio, Luís Jorge, deixar o campo expulso, por entrada faltosa no lateral Guerra.
Coincidência
Pela terceira vez consecutiva o placar de 1 x 1 se repetiu em um jogo de ida do Sampaio na fase de mata-mata da Série D 2012. Nas quartas-de-final, contra o Mixto-MT, e na semifinal, contra o Baraúnas (RN), o Tubarão deixou o campo do adversário com o mesmo marcador, sempre saindo na frente, e em ambos os confrontos confirmou a classificação em casa.
Pouco mais de 3.700 torcedores assistiram ao jogo Sampaio 1 x 1 Crac, público que deverá ser superado em mais de 10 vezes na decisão, no Castelão.
Imprudência de motoristas e falta de fiscalização. São essas as principais causas dos acidentes de trânsito registrados em São Luís, alguns com caráter trágico, como o ocorrido nas primeiras horas de ontem, no retorno do São Francisco, que ceifou a vida de dois jovens. Livres do monitoramento dos órgãos de trânsito, muitos condutores se sentem à vontade para cometer verdadeiras barbaridades ao volante, o que não raro resulta em choro para as famílias e perplexidade para os demais cidadãos.
Nada menos que oito acidentes de trânsito foram registrados entre a madrugada e a manhã de ontem na região metropolitana de São
Luís. O saldo foi sangrento: três mortes, sendo dois jovens de 21 anos e uma criança de quatro anos. No primeiro há fortes indícios de excesso de
velocidade, já que o veículo, um Fox vermelho, invadiu o canteiro central da Avenida Colares Moreira e chocou-se contra a coluna metálica que sustentava uma placa de sinalização.
A propósito, a velocidade excessiva é a segunda maior causa de infrações em São Luís, conforme estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Nada menos que 21.834 autuações desse tipo foram registradas na capital de janeiro a setembro deste ano. A constatação do que expressam os números pode ser feita nas grandes avenidas e até mesmo dentro dos bairros. Em muitos casos, o condutor multado está sob o efeito de álcool, o que agrava ainda mais a situação e comprova que o desrespeito não tem limite.
Mesmo com a sucessão de tragédias, não se vê providências que visem a reverter o quadro. As campanhas de educação para o
trânsito, antes realizadas com certa regularidade, hoje são artigo raro. Já as operações de fiscalização nas ruas, que deveriam ser rigorosas, ante o número elevado de acidentes, quando ocorrem, nem de longe cumprem o seu papel. A visível omissão acaba estimulando os infratores, tornando as vias públicas campo livre para os mais diversos absurdos.
É necessário alertar para o desempenho pífio da atual gestão da Prefeitura de São Luís para o cumprimento das leis de tráfego. Outro fator que chama atenção é o número elevado de infrações, que revela que as autoridades estão muito mais preocupadas em punir do que em educar. Ao
priorizar a aplicação de multas e, consequentemente, a arrecadação, e relegar ao último plano a formação dos condutores e as campanhas educativas, a administração municipal não cumpre o dever legal de primar pela paz no trânsito.
O Mapa da Violência 2012, levantamento feito com base em dados do Ministério da Saúde, revelou recentemente que São Luís registrou crescimento de 172,5% do número de mortes no trânsito, o maior dentre as 27 capitais. São números alarmantes, que precisam ser revertidos o quanto antes. Em tempos de campanha política, seria oportuno aos dois candidatos que disputam a prefeitura da capital apresentar propostas que verdadeiramente possam mudar a situação.
A população de São Luís voltou às praias neste feriadão, após o anúncio da liberação da orla marítima para o banho pelas secretarias estaduais de Meio Ambiente (Sema) e Saúde (SES). Permanecem obstruídos apenas um raio de 300 metros das desembocaduras dos rios Calhau, Pimenta, Claro, Jaguarema e Olho de Porco. Na manhã desta sexta-feira (12), o secretário de Saúde Ricardo Murad era um dos banhistas presentes na avenida Litorânea.
Depois de entrar no mar com as netas Paola e Giovana, na praia do Calhau, Ricardo Murad reafirmou à imprensa que as análises realizadas pelo Laboratório Central do Estado do Maranhão (Lacen), com o apoio da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São Paulo (Cetesb), mostraram que apenas 10% dos 18 quilômetros da orla marítima da ilha de São Luís estão impróprios para o banho.
“Vamos manter o monitoramento das nossas praias e os pontos que apresentarem qualquer alteração negativa no nível de balneabilidade, serão obstruídos. O que podemos garantir é que a equipe de análise técnica nos dará, permanentemente, a segurança de poder indicar os trechos impróprios para o banho”, afirmou o secretário de Saúde.
A solicitação para que o Lacen emitisse os novos laudos partiu do secretário de Meio Ambiente, Victor Mendes, já que há cerca de quatro meses todas as praias de São Luís foram consideradas impróprias para banho.
Agora Weverton Rocha (PDT) vai ter mais tempo para se dedicar à campanha do candidato a prefeito de São Luís, Edvaldo Holanda Jr. (PTC), já que a partir de hoje ele não é mais deputado federal. O deputado Pinto Itamaraty (PSDB), depois de cumprir sua licença de 121 dias, retornou à vaga ocupada até então pelo pedetista.
Para que Weverton volte ao exercício de deputado, Holando Jr. (PTC) teria que ir a Brasília tirar licença, o que não deve acontecer devido ao ritmo do segundo turno da campanha. Holanda Jr. não tirou licença do mandato de deputado federal para disputar a eleição em São Luís, e está ausente, durante toda a campanha, da função para o qual foi eleito pelo povo.
Dessa forma, a partir de hoje, Weverton Rocha não está mais protegido pela imunidade parlamentar. Ele responde a sete ações por improbidade administrativa no Maranhão, sendo seis na Justiça Estadual e uma na Justiça Federal. A mais polêmica delas é a ação por suposto desvio de verba pública, cerca de 5 milhões, que deveria ser usada na reforma do tradicional Ginásio Costa Rodrigues.
Mesmo reassumindo sua vaga na Câmara Federal, o deputado Pinto Itamaraty continuará participando ativamente da campanha do prefeito João Castelo.
A diretoria do Crac está apostando alto em uma vitória sobre o Sampaio Corrêa, no primeiro jogo da final do Campeonato Brasileiro da Série D, no próximo domingo, em Catalão (GO). Disposto a abrir boa vantagem em casa sobre os maranhenses, a direção do time goiano decidiu que repassará a renda bruta arrecadada na partida ao elenco de jogadores e à comissão técnica.
Os ingressos para o jogo em Catalão terão preço único de R$ 10,00. Com capacidade para receber 8,5 mil torcedores, o estádio Genervino da Fonseca receberá arquicancadas móveis com 1,5 mil lugares. O improviso foi necessario para que o estádio cumprisse o regulamento da Série D, que só permite que os jogos das finais sejam realizados em estádios com capacidade mínima para 10 mil torcedores.
Desfalques
Incentivo à parte, o Crac terá desfalques importantes para o primeiro dos dois jogos contra o Sampaio. Um deles é o goleiro e capitão do time, Donizete, que teve uma lesão no joelho e ficará afastado dos gramados até o fim da temporada. Seu substituto será Dudu. A dupla de zaga titular, Tiago Sala e Emerson, está suspensa. O volante João Vítor é uma das opções para a zaga.
Após cumprirem suspensão, o lateral Amarildo e o meia Jefferson voltaram a ganhar condição de jogo.
A presidente Dilma Rousseff participará da inauguração da Usina Hidrelétrica de Estreito, no próximo dia 17. A Assessoria de Imprensa da Presidência da República confirmou a presença dela no Maranhão. Será a primeira viagem de Dilma Rousseff ao estado como presidente.
A presença de Dilma no Maranhão atrairá todas as atenções da classe política local. Em especial daqueles envolvidos na eleição para prefeito de São Luís. Por isso, não está descartada a ida do candidato Edivaldo Holanda Jr.a Estreito, já que o PTC, seu partido, o PC do B e o PSB, que compõem a sua coligação, fazem parte da base de apoio ao Governo Federal.
Usina
A Usina Hidrelétrica Estreito está localizada entre os estados do Maranhão e Tocantins e é considerada uma das principais obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal.
Informações gerais
Usina Hidrelétrica Estreito
– Capacidade instalada: 1.087 MW
– Localização: no Rio Tocantins, na divisa dos estados do Maranhão e do Tocantins
– Mão-de-obra diretamente empregada no pico das obras: 10 mil diretos e 25 mil indiretos
– Área do reservatório: 555 km², incluindo a calha natural do Rio Tocantins
– Municípios da área de abrangência: Estreito e Carolina (Maranhão), Aguiarnópolis, Palmeiras do Tocantins, Babaçulândia, Barra do Ouro, Filadélfia, Darcinópolis, Goiatins, Itapiratins, Palmeirante e Tupiratins (Tocantins).
O deputado federal Weverton Rocha (PDT) resolveu usar sua prerrogativa parlamentar para obter informações sobre a administração do prefeito João Castelo (PSDB). Em ofício encaminhado dia 24 do mês passado, ele requisita cópia integral da relação nominal de servidores públicos com vínculo de “serviço prestado”, com os respectivos vencimentos.
No documento, Weverton pede que a lista seja encaminhada imediatamente e, se possível, em formato digital, justificando sua solicitação pela Lei da Transparência.
Um dos próceres da campanha de Edivaldo Holanda Jr., embora este prefira mantê-lo fora dee foco por razões já conhecidas, Weverton Rocha se vale do mandato para tentar obter uma informação útil à sociedade. O problema é que o pedido soa oportunista, pois foi feito em pleno período eleitoral.
Se Castelo deve explicações sobre a folha salarial do Município, Weverton também tem obrigação de esclarecer suas intenções ao requisitar a lista.
Segue o ofício em que Weverton Rocha solicita a lista de serviços prestados da Prefeitura de São Luís:
Em decisão unânime, a 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) negou nesta quinta-feira (11) pedido de habeas corpus para os empresários Gláucio Alencar Pontes Carvalho e José de Alencar Miranda Carvalho. Eles são dois dos denunciados pela morte do jornalista Décio Sá, assassinado a tiros na noite de 23 de abril deste ano, no bar Estrela do Mar, na Avenida Litorânea, em São Luís.
A votação foi de acordo com o parecer assinado pelo procurador de justiça Marco Antonio Guerreiro, confirmado em banca pela procuradora de justiça Rita de Cássia Moreira. Segundo o entendimento do Ministério Público estadual, os autos demonstram a materialidade do crime e indícios suficientes que apontam os dois como mandantes do assassinato do jornalista.
O relator, desembargador Raimundo Nonato de Souza, constatou que a decisão que decretou a prisão preventiva está calcada em requisitos e pressupostos constantes do Código de Processo Penal, bem como em elementos concretos. Concluiu que a manutenção da prisão foi manifestadamente fundamentada, sem qualquer afronta à Constituição Federal.
O desembargador Bernardo Rodrigues concordou com o relator e enfatizou que crimes dessa natureza são crimes contra a humanidade. O juiz José Costa, convocado para compor quórum, também votou pela denegação do habeas corpus.
Defesa
A defesa dos acusados sustentou que os dois foram presos de forma contrária à lei e que houve falta de fundamentação no decreto de prisão preventiva, assinado pela juíza Ariane Castro Pinheiro. Alegou que a medida não pode ser usada pelo poder público como instrumento de punição antecipada e que não ficou demonstrada a necessidade da prisão. Pediu a revogação do decreto.
A decisão, assinada em 9 de agosto, decretou a prisão preventiva de dez acusados de envolvimento na morte do jornalista, entre eles os dois empresários e Jhonatan de Sousa Silva, denunciado como o executor do crime. À época, a juíza disse ter sido o crime praticado com indícios de que se trate de organização de expressivo poderio econômico e intervenção malévola na sociedade civil e que representa evidente risco à garantia da ordem pública e econômica, pois, em liberdade, poderiam repetir as condutas.
Em seu voto, o relator citou decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do próprio TJMA, que denegaram pedidos de habeas corpus em casos semelhantes. Raimundo Nonato de Souza entendeu que a medida cautelar encontra-se respaldada em justificativa idônea e suficiente à segregação provisória.