O prefeito eleito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., precisa nomear com urgência a equipe que ficará responsável por conduzir a transição entre a gestão que findará em 31 de dezembro e o seu governo, cujo início se dará no dia seguinte. Tal equipe terá a importante missão de fiscalizar o cumprimento das normas da administração pública, sobretudo no que se refere à probidade.
O realismo e o pragmatismo mostram que gestores derrotados, como é caso do prefeito João Castelo, tendem a negligenciar o resto do mandato, sabedores que são da sua iminente saída. Em muitos casos, mais do que esvaziar as gavetas, políticos perdedores aproveitam os últimos meses no cargo para dilapidar os cofres públicos e contrair dívidas para serem saldadas pelo sucessor.
Não digo que Castelo o fará, mas também não acho que seja algo fora de cogitação. Na dúvida, o melhor mesmo é resguardar o bem público, já que a frustração da derrota pode dar margem a sentimentos nada nobres.
Em quase quatro anos de mandato, Castelo cometeu uma série de equívocos, que acabaram por sepultar todas as suas chances de reeleição. Agora, na condição de quase ex-prefeito, ele, fatalmente, não se sentirá motivado a promover ações que tragam benefícios à população, muito menos a zelar pelo patrimônio da prefeitura.
A não ser que seja tomado pelo senso de compromisso público, virtude cada vez mais rara na política dos nossos tempos.
Edivaldo Holanda Jr., candidato da coligação “Muda São Luís”, é o novo prefeito de São Luís. Com 98,13% das urnas totalizadas, ele tem 56,10% dos votos, contra 43,90% de João Castelo, da coligação “Pra Fazer Muito Mais”.
Edivaldo obteve 270.188 votos, contra 211.010 dados a João Castelo, uma diferença de quase 60 mil votos. O índice de abstenção foi de 22,02%. Os votos nulos somaram 15.594 (3%) e os brancos, 11.654 (2,24%).
A maior diferença entre os dois candidatos a prefeito da capital foi registrada na 91ª Zona, que abrange a área Itaqui-Bacanga. Nessa região, o placar pró-Edivaldo foi de 63,9% a 36,1%.
A Polícia Federal no Maranhão realizou hoje (28/10) a Operação Eleições 2012 – 2º Turno, em São Luís, com o objetivo de prevenir e reprimir crimes eleitorais nas diversas zonas eleitorais da capital. Na ação, foram empregados 80 policiais federais, divididos em equipes de campo, ostensivas e veladas, e equipes de apoio para a realização de procedimentos de polícia judiciária.
Hoje, somente uma ocorrência foi registrada, às 16h00, quando a Polícia Militar conduziu até a Superintendência da PF em São Luís um presidente de mesa eleitoral que teria abandonado a seção por algumas horas, retornando apenas por volta das 15h00 e exalando odor de bebida alcoólica. O fato ocorreu na 2ª Zona Eleitoral, na Unidade Integrada Gonçalves Dias, Bairro de Fátima. No caso, foi lavrado termo circunstanciado de ocorrência pelos crimes de promoção de desordem que prejudica os trabalhos eleitorais e abandono do serviço eleitoral sem justa causa (Código Eleitoral, artigos 296 e 344). O autuado será liberado ao término do procedimento, após assinar termo de compromisso de comparecimento em juízo, conforme determina a legislação em vigor.
As atividades deste domingo (28/10) encerram com êxito essa etapa da participação da Polícia Federal nos trabalhos de segurança judiciária eleitoral. Tendo atuado nos dois turnos da eleição com a totalidade de seu efetivo disponível nas unidades de São Luis, Imperatriz e Caxias, a Polícia Federal esteve presente em mais de 30 municípios no Estado, auxiliando o Poder Judiciário e o Ministério Público Eleitoral no desempenho de suas competências, e colaborando para o pleno exercício do direito ao voto pela sociedade maranhense.
A Operação Eleições 2012 foi também exemplo de cooperação e coordenação com as demais forças e instituições de segurança no Estado. Agora, a Polícia Federal dará prosseguimento às investigações eleitorais instauradas no período, buscando verificar autoria, materialidade e circunstâncias de crimes eleitorais supostamente praticados, cumprindo sua missão institucional de proteger a democracia.
Este blog volta a transmitir, hoje, em tempo real, a apuração dos votos para prefeito de São Luís. A previsão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MA) é que neste segundo turno a contagem termine mais cedo, por volta das 19h30.
Para ter acesso aos números em tempo real, o leitor deve clicar no link que está no fim deste texto. Quando abrir a página, deve clicar sobre o Maranhão no mapa de Brasil e, logo abaixo, escolher a opção “São Luís”. Depois, deve selecionar “Eleição Municipal 2012 2º Turno” para acessar os dados, que serão exibidos à direita do mapa.
Ao circular pela cidade, no início da tarde de hoje, este repórter percebeu um clima de tranquilidade, sem manifestações exaltadas de militantes dos candidatos João Castelo e Edivaldo Holanda Júnior. Muito do sossego se deve ao reforço da segurança público, inclusive com a atuação de tropas do Exército Brasileiro.
A calmaria deverá ser quebrado tão logo comece a apuração e, principalmente, após a definição do vencedor. Vale conferir aqui.
As tropas do Exército que atuam no segundo turno da eleição para prefeito de São Luís não têm tido muito trabalho durante a votação. Poucas ocorrências significativas foram registradas até o momento, a maioria de desrespeito à Lei Seca e pelo crime eleitoral de boca de urna.
Todos os casos aconteceram na área da Cidade Operária. Nos arredores da Unidade Escolar Pedro Álvares Cabral, no Jardim América, que funciona como local de votação, foram fechados alguns bares cujos proprietários foram flagrados vendendo bebida alcoólica.
A tropa destacada para atuar na área, comandada pelo sargento Paulo Sérgio, também fez a prisão de um cidadão que fazia boca de urna próximo à unidade de ensino. A ocorrência foi comunicada à Justiça Eleitoral e o indivíduo detido foi entregue à polícia.
Uema
Próximo à Universidade Estadual do Maranhão (Uema), onde também funcionam seções eleitorais, policiais civis prenderam quatro homens que bebiam em um bar. Um quinto homem foi detido próximo ao muro da instituição de ensino após ter sido flagrado fazendo boca de urna.
As duas ocorrências foram informadas ao juiz eleitoral da referida zona e os cinco indivíduos presos foram encaminhados à delegacia.
O prefeito João Castelo (PSDB), a esta altura, já deve estar ciente de que amargará a derrota nas urnas neste domingo. Com 44% das intenções de votos, contra 56% de Edivaldo Holanda Jr., segundo pequisa Ibope divulgada ontem pela TV Mirante, o tucano, a partir de amanhã, começará a esvaziar as gavetas para dar lugar ao rival, que, à custa de alguns bons apoios políticos, do equilíbrio demonstrado no embate e de críticas certeiras à administração castelista, soube conduzir sua campanha rumo à vitória.
Diante dos muitos erros registrados nestes quase quatro anos de gestão, pode-se afirmar que Castelo perdeu para si mesmo. Alçado ao posto de prefeito, em 2008, graças a uma série de promessas, ele não só descumpriu o que anunciara aos eleitores como cometeu falhas que resultaram em desgaste irreversível à sua imagem de homem público.
Castelo não recriou o Bom Preço, não melhorou o trânsito e o transporte, muito menos a educação e a saúde. O desempenho do ensino sob sua administração foi sofrível. Trafegar nas ruas e avenidas da cidade tornou-se um martírio devido aos congestionamentos e à falta de fiscalização. Locomover-se de ônibus também virou suplício, em razão da superlotação e da falta de conservação de grande parte da frota.
A iminente derrota é o preço a ser pago por um prefeito que não primou pelo bem estar dos cidadãos que o elegeram. Centralizador ao extremo, Castelo não foi capaz de imprimir um ritmo administrativo que resultasse em melhorias aos ludovicenses. E o que é pior: sua gestão foi marcada por alguns retrocessos, como é o caso da própria educação.
Diante do cenário desfavorável, Castelo, certamente, está refletindo sobre os erros que cometeu. E sabe muito bem que a desaprovação do eleitorado ao seu nome pode ser atribuída, principalmente, à sua falta de sintonia com as modernas práticas políticas e de gestão.
Em decisão individual, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Arnaldo Versiani, acolheu pedido de reconsideração formulado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) e autorizou o envio de força federal para garantir a segurança e a normalidade no segundo turno da eleição para prefeito da cidade de São Luís-MA.
Em ofício enviado ao TSE, a presidência do Tribunal Regional informou que houve um acirramento dos ânimos das candidaturas concorrentes “diante da divulgação de um vídeo que, supostamente, suscita o envolvimento de policiais militares com milícias e comitê militar em prol de um dos candidatos”. Informou, ainda, que mesmo reconhecendo a capacidade das forças locais para garantir a normalidade da eleição, o governador do Estado concordou com envio das forças federais.
O TRE maranhense também ressaltou que a criação de 38 novos polos de transmissão, inclusive em zona rural, exige a presença física de polícia para garantir a segurança das transmissões dos resultados das votações, bem como a integridade física de servidores que atuarão no dia da votação.
Segundo o ministro Arnaldo Versiani, o quadro relatado pelo Regional evidencia as razões quanto à necessidade da força federal como mecanismo de reforço à preservação da ordem e da segurança no segundo turno. “Atendidas as exigências estabelecidas na Res.-TSE nº 21.843, acolho o pedido de reconsideração e defiro, ad referendum do Tribunal, a requisição de força federal para o Município de São Luís/MA para atuar no 2º turno das eleições”, decidiu o ministro.
Servidores da TV Brasil no Maranhão (antiga TVE) denunciam que estão sofrendo assédio moral por parte do novo gestor que assumiu a direção da emissora. Há pelo menos cinco meses, o clima em todos os setores da empresa é o de medo e terror. Diariamente, funcionários estariam sendo humilhados pelo gerente regional da EBC e diretor de jornalismo, Ebenézer Nascimento, que demonstra instabilidade emocional e comete abuso de autoridade.
Na última quinta-feira, 25, após conduzir mais uma reunião no setor de jornalismo, Ebenézer Nascimento voltou a atacar os funcionários com palavras ofensivas, desestabilizando-os emocionalmente. Entre as pérolas disparadas pelo gestor destacam-se: “a insanidade de vocês beira a imbecilidade”; “qualquer cabaré é mais organizado do que este jornalismo”; “eu vou fechar essa bodega”; “eu tenho o poder da caneta”. Funcionários buscaram atendimento médico fora da emissora e o telejornal Maranhão Notícias deixou de ser exibido nesse dia.
“As humilhações são diárias. Ninguém pode discordar dele. Ele não deixa ninguém falar. Diante de qualquer dificuldade, sofremos ameaças e somos taxados de incompetentes e incapazes”, afirmou um grupo de servidores que pediram anonimato por medo de sofrerem represálias.
Uma funcionária que estava grávida de oito meses foi ameaçada de demissão, após ter uma calorosa discussão com o gerente. “Só não demito você agora, por conta de sua gestação”, disparou Ebenézer.
A vinda do novo gestor a São Luís faz parte do projeto da EBC para reestruturar a TV Brasil maranhense. “Estávamos esquecidos. No entanto, não concordamos com a maneira pela qual o gerente tem nos tratado. Somos desrespeitados como profissionais e como seres humanos”, acrescentaram os servidores da casa.
O grupo afirmou que vai buscar apoio junto aos Sindicatos dos Servidores Públicos, dos Jornalistas e dos Radialistas e que levará a denúncia à cúpula da emissora em Brasília e aos órgãos de defesa dos direitos dos trabalhadores.
O Plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por unanimidade, negou ontem o envio de forças federais para o segundo turno das eleições em São Luís-MA.
Ao julgar o pedido de envio de tropas federais a São Luís (PA 124790), relatado pelo ministro Arnaldo Versiani, o TSE ressaltou que não houve sequer a requisição formal de força federal pelo Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA). A solicitação foi feita por um dos candidatos ao segundo turno e por uma coligação.
“Não há justificativa evidenciada de que necessite de requisição de força federal para a garantia da ordem no segundo turno no município de São Luís”, enfatizou Versiani. Os dois pedidos foram indeferidos por unanimidade.
Com informações do Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
Brasília – O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, disse hoje (26) que uma equipe de técnicos foi enviada para as subestações de Colinas (TO) e Imperatriz (MA), pois suspeita-se que a origem de falta de energia no Nordeste e em parte do Norte, na madrugada, foi provocada por falhas nos dois locais. Ele avaliou que as ocorrências em série de desabastecimento de energia “não são normais”.
“São eventos que ocorreram em sequência”, disse o ministro. “Não são normais. A coincidência, então, não é normal”, acrescentou Zimmermann, que comanda hoje a reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico, em Brasília. O ministro interino destacou que o sistema elétrico brasileiro é um dos maiores do mundo, mas tem registrado “diminuição de confiabilidade”.
De acordo com Zimmermann, houve falhas no banco de capacitores das duas subestações. Segundo ele, desde a madrugada técnicos do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) acompanham o assunto.
A linha de transmissão que apresentou problemas é operada pela empresa Taesa. Os nove estados do Nordeste e parte do Norte ficaram sem energia elétrica na madrugada de hoje. Pelos dados preliminares do ONS, os relatos iniciais indicam que a falta de energia começou pouco depois da meia-noite e se estendeu por cerca de duas horas. Em seguida, a energia elétrica retornou na maioria das áreas.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) investiga a extensão da falta de energia para o Distrito Federal e o Tocantins, pois há relatos de que a maior parte da capital do estado, Palmas, e cidades nos arredores ficaram sem luz durante a madrugada.
Várias distribuidoras levaram mais tempo para restaurar a energia nas linhas secundárias. Há reuniões em Brasília e no Rio para discutir o assunto.