Momento de transição

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Antes mesmo de assumir o cargo, Edivaldo Holanda Jr. tem a missão de cuidar da transição

O prefeito eleito de São Luís, Edivaldo Holanda Jr., precisa nomear com urgência a equipe que ficará responsável por conduzir a transição entre a gestão que findará em 31 de dezembro e o seu governo, cujo início se dará no dia seguinte. Tal equipe terá a importante missão de fiscalizar o cumprimento das normas da administração pública, sobretudo no que se refere à probidade.

O realismo e o pragmatismo mostram que gestores derrotados, como é caso do prefeito João Castelo, tendem a negligenciar o resto do mandato, sabedores que são da sua iminente saída. Em muitos casos, mais do que esvaziar as gavetas, políticos perdedores aproveitam os últimos meses no cargo para dilapidar os cofres públicos e contrair dívidas para serem saldadas pelo sucessor.

Não digo que Castelo o fará, mas também não acho que seja algo fora de cogitação. Na dúvida, o melhor mesmo é resguardar o bem público, já que a frustração da derrota pode dar margem a sentimentos nada nobres.

Em quase quatro anos de mandato, Castelo cometeu uma série de equívocos, que acabaram por sepultar todas as suas chances de reeleição. Agora, na condição de quase ex-prefeito, ele, fatalmente, não se sentirá motivado a promover ações que tragam benefícios à população, muito menos a zelar pelo patrimônio da prefeitura.

A não ser que seja tomado pelo senso de compromisso público, virtude cada vez mais rara na política dos nossos tempos.

Foto: Biné Morais/O Estado do Maranhão

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